O número de civis mortos neste último domingo (31), em um atentado com uma motocicleta-bomba durante a realização do funeral de um político local na província de Nangarhar, no leste do Afeganistão, aumentou para 17, enquanto o de feridos chegou a 13, informou à Agência Efe uma fonte oficial. Ninguém reivindicou imediatamente o ataque.

 

Pouco depois do ataque as autoridades provinciais indicaram que tinha se tratado de um atentado suicida, uma versão revisada após a chegada de uma equipe de investigação à área. A cerimônia funerária era do ex-governador do distrito de Haska Mena, também em Nangarhar, Gul Wali.

 

Uma carga explosiva colocada em uma motocicleta foi detonada perto de onde uma multidão assistia ao funeral por volta das 14h15 (horário local, 7h45 de Brasília) no distrito de Behsud, segundo o porta-voz do governador provincial, Attaullah Khogyanai. “A detonação foi causada por explosivos colocados em uma motocicleta, estacionada perto da reunião. A explosão matou 17 pessoas e feriu outras 13, algumas das quais estão em estado crítico”, detalhou a fonte.

 

Nenhum grupo insurgente reivindicou, por enquanto, a autoria do ataque em Nangarhar, onde tantos os talibãs como o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) estão muito ativos e controlam várias áreas da região.

 

Como costuma ocorrer quando as vítimas são principalmente civis, os seguidores do mulá Haibatullah negaram sua participação no atentado através de uma mensagem de seu porta-voz, Zabihullah Mujahid, em sua conta do Twitter. Na quinta-feira passada, um atentado suicida em Cabul contra um centro cultural da minoria muçulmana xiita, reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), deixou 41 mortos e 84 feridos.

 

Desde o final da missão de combate da OTAN em janeiro de 2015, Cabul foi perdendo terreno perante os talibãs até controlar apenas 57% do país, segundo o inspetor especial geral para a reconstrução do Afeganistão (SIGAR) do Congresso dos Estados Unidos.