Foto: Ivan Marques/Correio

Outrora temido pelos adversários, nem mesmo o Barradão tem ajudado o Vitória no atual momento de crise. Nesta temporada, o time mandou nove jogos em seu santuário: quatro empates, três derrotas e apenas duas vitórias. O desempenho contribuiu para a baixa adesão do público em seus domínios.

É até chocante, mas o público dos nove jogos do Vitória dentro de casa neste ano não é suficiente para completar a lotação que o Barradão comporta: 26.368 pagantes compareceram aos jogos em 2019, o que dá uma média de 2.930 torcedores por partida e uma taxa de ocupação de apenas 8%. Atualmente, o Barradão tem capacidade para 30.618 pessoas.

É difícil saber onde o Vitória tem sofrido mais. Fora de campo, o rubro-negro enfrenta uma crise política sem precedentes, com quatro presidentes nos últimos quatro anos. O posto terá outra mudança, já que o atual, Ricardo David, terá o mandato encerrado antes do período previsto. Nova eleição acontecerá no clube no dia 24 de abril.

A turbulência política tem efeitos dentro de campo. Depois de bater na trave por duas temporadas, o Vitória não resistiu a um novo campeonato ruim e foi rebaixado para a Série B no ano passado. A esperança de um 2019 melhor estruturado foi por água abaixo com apenas três meses de temporada: eliminações vexatórias na Copa do Brasil, Baiano e Copa do Nordeste deixaram a luz de alerta ainda mais acesa.

Para se ter uma ideia da dimensão do problema, o Vitória venceu apenas nove dos últimos 50 jogos oficiais que disputou. São 19 empates e outras 22 derrotas, que deixam o rubro-negro com o aproveitamento de 30,6% nesse recorte.

Por seis vezes nas últimas 50 partidas, o time saiu de campo tendo levado quatro ou mais gols. Nessas ocasiões, apenas na derrota por 4×3 contra o Botafogo, pela 26ª rodada do Brasileirão, o Leão não perdeu por goleada após sofrer tantos gols. Correio da Bahia