Agência Brasil

A Primeira Turma do STF manteve a decisão que enviou para a primeira instância da Justiça Federal de Brasília o inquérito que investiga os Vieira Lima por lavagem de dinheiro na simulação de um contrato de aluguel de maquinário para uma fazenda da família e também na compra e venda de gado. São alvos da apuração o ex-ministro Geddel, o ex-deputado federal Lúcio Vieira, o irmão dos dois, Afrísio de Souza Vieira e a matriarca da família, Marluce Vieira.

Em julgamento em sessão virtual da Turma, os ministros negaram, por unanimidade, um recurso da defesa dos Vieira Lima contra decisão de abril do ministro Alexandre de Moraes, que enviou o processo para a 10ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, responsável pelos demais casos envolvendo a família e também pelos desdobramentos da Operação Cui Bono.

Foi nesta ação que a Polícia Federal identificou lavagem de dinheiro envolvendo uma fazenda do clã. Os pagamentos alvo de suspeita da PF chegam aos R$ 6,3 milhões de um valor de R$ 7,1 milhões que ainda seria pago.

Ao mandar o inquérito para a Justiça Federal, Moraes justificou que, ao não se reeleger deputado federal, Lúcio perdeu o foro privilegiado e, por isso, não haveria motivo para o caso continuar no STF. O magistrado acolheu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que defendeu o declínio de competência do processo. Bocão News