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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido da Controladoria-Geral da União (CGU) para obter acesso a dados bancários, mensagens e depoimentos relacionados à investigação sobre as joias recebidas pelo governo brasileiro como doação da Arábia Saudita, durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na decisão assinada na segunda-feira (23), o ministro afirmou que compartilhar o conteúdo da investigação seria “absolutamente prematuro”, devido às diligências ainda em andamento. No dia 17, a Procuradoria-Geral da República (PGR) também se posicionou contra o pedido da CGU, destacando que as investigações são sigilosas e ainda não foram concluídas.

O pedido, feito em 2 de setembro, buscava acesso para subsidiar um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e uma investigação preliminar sobre a entrada das joias no Brasil e as tentativas de assessores de Bolsonaro para recuperá-las após a apreensão pela Receita Federal. A CGU solicitou o acesso a provas incluídas em relatórios e laudos da Polícia Federal (PF).

Em julho, a PF indiciou Bolsonaro por lavagem de dinheiro, associação criminosa e peculato, no âmbito de uma investigação sobre o suposto desvio. O relatório que embasou o indiciamento apontou que a negociação envolveu cerca de R$ 6,8 milhões. Bahia.Ba