O STJ negou nesta quarta (19), o pedido de habeas corpus da defesa do médium João de Deus. O religioso está preso no domingo (16), suspeito de abusos sexuais durante atendimentos na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. Ele também teve a soltura negada pelo Tribunal de Justiça de Goiás. A decisão no STJ é do ministro Nefi Cordeiro, que também determinou a retirada do segredo de Justiça do caso.

 

Ele cita, no documento, que o fato de o médium permanecer “inicialmente sem ser localizado e a movimentação com urgência de altos valores é fato demonstrado, suficiente para a indicada conclusão de risco de fuga”. Nesta quarta, a Polícia voltou à Casa Dom Inácio de Loyola para levar uma das supostas vítimas para reconhecer sala onde teriam ocorrido abusos sexuais.

 

Além disso, funcionários prestaram depoimentos em Goiânia. Na terça, policiais estiveram em endereços ligados ao médium e apreenderam mais de R$ 400 mil e seis armas. A situação atual:  Ministério Público recebeu 506 relatos de abusos sexuais. Das mulheres que denunciaram caso ao Ministério Público, 30 já foram ouvidas. Polícia Civil colheu depoimentos de outras 15 mulheres e aguarda ouvir mais uma. Apenas 1 caso vai virar inquérito.

 

Há relatos de supostas vítimas de seis países e vários estados brasileiros. Médium é investigado por estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. João de Deus está preso no Núcleo de Custódia em Aparecida de Goiânia. MP e polícia também querem apurar denúncia de lavagem de dinheiro. Não há pedido para suspensão do funcionamento da Casa Dom Inácio de Loyola. Informações do G1