A mulher presa por suspeita de matar mãe e filhas envenenadas e ocultar provas do crime, no distrito de Nagé, em Maragojipe, no recôncavo baiano, foi indiciada ontem (7) por homicídio triplamente qualificado – por motivo torpe, dissimulação e uso de veneno. A informação foi divulgada pela Polícia Civil. Além do indiciamento, Elisângela Almeida de Oliveira também teve a prisão temporária convertida em preventiva.

 

A informação foi do delegado Marcos Veloso, titular da cidade e responsável pelas investigações Ainda segundo o delegado, o marido de Elisângela, Valci Boaventura Soares, que também foi preso por suspeita de coagir testemunhas para que não dessem depoimentos sobre o caso, não foi indiciado e foi solto, também nesta quarta, por falta de provas.

 

O inquérito do caso foi remetido para o MP, que decidirá se vai ou não oferecer denúncia à Justiça. As vítimas, Adriane Ribeiro Santos, de 23 anos, e as filhas dela Greisse Santos da Conceição, de 5 anos, e Rute Santos da Conceição, de 2 anos, foram envenenadas com um inseticida. As três morreram em um intervalo de 15 dias. O único sobrevivente da casa foi o marido de Adriane e pai das crianças, identificado como Jeferson Brandão.

 

O casal suspeito do crime teve a prisão temporária decretada no dia 11 de outubro. Já presa, Elisângela afirmou à polícia que envenenou. Ela tinha interesse em Jeferson e, por conta desse interesse, segundo a polícia, houve um desentendimento entre as duas, e Elisângela resolveu envenenar Adriane. Mãe e filhas morreram entre o final de julho e o início de agosto deste ano, após apresentarem mal-estar com sintomas parecidos. O cachorro de estimação das vítimas também morreu.

 

A primeira morte registrada foi a da garota de 5 anos, no dia 30 de julho. A menina chegou a ser levada para um hospital na cidade de São Félix, ao lado de Maragogipe, mas não resistiu. Em seguida, no dia 6 de agosto, a irmã dela também passou mal. No dia 13 de agosto, a mãe das meninas também teve um mal-estar. As duas foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Maragogipe, mas também não resistiram.