Depois de ler pela imprensa que a presidente do PSL na Bahia, Dayane Pimentel, disse ter sido a responsável por colocá-la na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (AL-BA), a deputada estadual Talita Oliveira negou a articulação. Ela ressalta que todo o processo “foi conduzido pelo bloco dos parlamentares de oposição”, que lhe rendeu um saldo de 59 votos.

“Vale lembrar que a composição atual da Assembleia é feita por 19 deputados da bancada de oposição e 44 da base de apoio ao governador. Já que a deputada Dayane diz ter feito articulação com os parlamentares para me colocar na Mesa Diretora, será então que ela manteve conversas com os deputados de esquerda também?”, indaga Talita em nota.

A deputada acrescenta que, “sem influência da deputada Dayane Pimentel ou qualquer figura externa”, ela também garantiu espaços na Comissão dos Direitos da Mulher, na Comissão da Educação, na Frente Parlamentar da Indústria, Empreendedorismo e Comércio, na Frente Parlamentar do Idoso e na Frente Parlamentar das Santas Casas de Misericórdia.

A resposta de Talita demonstra um entrave no PSL baiano. Única mulher eleita pelo partido para a AL-BA, ela nega interesse em “cargos e influência nas Comissões Municipais” do partido. Segundo a parlamentar, ela procurou Dayane apenas para cobrar que a presidente cumpra seu papel quanto ao planejamento das atividades da sigla.

“É necessário que a deputada Dayane saiba diferenciar seu papel de parlamentar (ao qual não dirigimos críticas) do papel de presidente do PSL-BA. Na qualidade de presidente estadual, ela precisa priorizar os desafios locais e agregar todos aqueles que se prontifiquem a lutar por uma Bahia melhor”, ressalta.

A fala no plural, inclusive, não é aleatória. Além de Talita, veículos de imprensa apontam que o deputado estadual Capitão Alden é outro insatisfeito com a presidência de Dayane no estado. De acordo com o portal Informe Baiano, ele cobra que a presidente tenha mais diálogo com seus aliados. A resposta dela veio por meio de vídeo, publicado em sua própria fanpage.

“Eles precisam entender é que antes deles já havia pessoas lutando pelo Bolsonaro na Bahia. (…) Não é justo que agora eles cheguem querendo chutar essas pessoas”, afirmou ao longo da gravação, ao justificar que estava ocupada em decorrência do trabalho no Congresso Nacional segundo o Bahia Notícias.