Crédito: Victor Ferreira/EC Vitória

O Vitória continua sem conseguir empolgar na Série A do Brasileirão. Na noite desta quarta-feira (5), o Leão não passou de um empate sem gols com o lanterna Cuiabá, somou apenas o segundo ponto em 21 disputados e permaneceu na 19ª colocação, dentro da zona de rebaixamento. Apesar da atuação ruim e pouco criativa da equipe, o técnico Thiago Carpini valorizou o empate na Arena Pantanal. Após o confronto, o treinador avaliou o desempenho do rubro-negro e afirmou que o Vitória mostrou evolução dentro da ideia de jogo que está sendo trabalhada durante os treinos.

“Se nós não tivéssemos conquistado esse ponto estaríamos lamentando o resultado da rodada anterior, quando deixamos escapar o resultado em um confronto direto, um adversário [Atlético-GO] que vai brigar na mesma prateleira que o Vitória. Sabíamos que o primeiro passo para o Vitória era ajustar alguns pontos dentro das ideias que estão sendo passadas por essa comissão, isso requer tempo, e a gente sabe que esse tempo e paciência precisam estar acompanhados do resultado. Antes da vitória é importante não perder. Antes de fazer gols, é preciso não tomar mais. Temos sete jogos na competição, sofremos 13 gols, nós passamos para eles [jogadores] que depende de como vamos enxergar o copo, eu prefiro meio cheio. Não perder fora de casa, somar pontos e não sofrer gols. É um trabalho gradativo, de recuperação durante toda a competição. Não se define nada hoje, mas passa por hoje e é importante pontuar”, iniciou o treinador.

Durante a entrevista, Carpini voltou a reforçar que, pela situação em que o Vitória se encontra, sem vencer há dez jogos e vindo de uma sequência de seis derrotas, pontuar fora de casa foi positivo. Para ele, o time fez uma partida segura e praticamente não correu riscos.

“O Vitória vai fazer uma competição de sobrevivência. Começamos muito mal em termos de pontuação e para tirar essa diferença na Série A é como foi o jogo de hoje, lutando, guerreando, nos organizando, aproveitando oportunidades de janela, valorizando cada ponto conquistado. É não deixar um adversário direto como o Cuiabá se distanciar na tabela. Na partida de hoje o ponto foi mais válido para nós do que para o adversário, que é uma equipe que não condiz com a posição na tabela, assim como também não condiz com a posição de tabela, mas são as circunstâncias da competição.

Outro ponto abordado por Carpini foi a escalação escolhida para começar a partida. O treinador optou por montar o time com três volantes e três atacantes. Sem um meia central, o Vitória acabou pouco criativo e teve raras chances claras no ataque. Segundo ele, o time ainda está passando por ajustes.

“Claro que tem muitas coisas que a gente faz em circunstâncias do jogo e determinada partida que nem tudo é o que a gente pensa e acredita de futebol. Temos que usar aquilo que a gente tem para circunstância e evento. Eu não posso ter uma escalação ousada, eu tenho que somar. Preciso recuperar os meus atletas emocionalmente, recuperar os atletas tecnicamente em relação a ideia de jogo que está sendo proposta”, afirmou ele, antes de completar:

“Nós viemos para o jogo com alguns desfalques em relação a última partida, e talvez se a gente tivesse somado um ponto contra o Atlético-GO estaríamos lamentando menos essas situações das rodadas anteriores. Estamos tentando ajustar o que temos de melhor dentro do que entendemos no dia dia e vai ser o melhor para o Vitória dentro da competição. Respeitamos as opiniões, mas temos que avaliar os fatos como eles são. Talvez o que poderíamos ter feito de diferente? Acho que a estratégia foi a melhor”, finalizou.

Sem vencer no Brasileirão, o Vitória mira agora um novo compromisso fora de casa. O Leão encara o Juventude, na terça-feira (11), no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias, pela oitava rodada. Para o duelo, Carpini terá os retornos de PK e Dudu, que cumpriram suspensão. Correio da Bahia