São grandes as chances de o presidente Michel Temer ser nomeado embaixador do Brasil após deixar a Presidência da República. Fontes do Palácio do Planalto e do Ministério das Relações Exteriores disseram que Michel Temer é um forte candidato para assumir a embaixada em Roma, embora o Itamaraty, procurado pelo jornal, não se pronuncie oficialmente sobre o assunto segundo informações do Correio Braziliense.

 

A indicação é tratada como uma “saída honrosa” para o presidente. O posto é considerado um dos mais prestigiados do corpo diplomático, integrando o imponente Cirtuito Elizabeth Arden, que inclui ainda as representações de Nova York, Londres e Paris. A embaixada é chefiada por Antonio de Aguiar, diplomata de carreira e ex-chanceler de Dilma Rousseff (PT).

 

Confirmada a nomeação, Temer manteria o foro privilegiado. Segundo o especialista em relações internacionais Creomar Souza, professor da Universidade Católica de Brasília, a imunidade dos embaixadores se estende dentro e fora do Brasil. “O que há em Brasília nesse momento é que figuras políticas que ficaram sem cargos eletivos buscam cargos com os quais mantêm o foro privilegiado. O benefício se estende no Brasil e na Itália, nesse caso”, afirma.

 

Além disso, a contar pelos últimos acontecimentos, a embaixada do Brasil em Roma terá grande participação no próximo governo. O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), a quem caberá nomear ou não Temer, se encontrou com o embaixador da Itália para definir as questões sobre a possível extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti, acusado de terrorismo na Europa e exilado no Brasil.