O ex-presidente Michel Temer, preso nesta última quinta-feira (21) por corrupção e lavagem de dinheiro, é acusado de ter recebido um benefício de R$1,4 milhão advindos de um acordo feito entre os ex-ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha e a empreiteira Odebrecht.

Segundo o MPF, em março de 2014, Moreira Franco fez solicitação de vantagem indevida no montante de R$4 milhões por beneficiar o grupo Odebrecht no contrato de concessão do Aeroporto do Galeão (RJ). Logo depois, foram feitas três entregas no total de R$1,4 milhão no endereço da sede da empresa Argeplan, comandada pelo “operador financeiro” de Temer, João Baptista Lima.

As entregas teriam sido feitas pela Hoya Consultoria nos dias 19, 20 e 21/03/2014 envolvendo R$500 mil, R$500 mil e R$438 mil respectivamente, todas no endereço da Argeplan.

Em uma das entregas, Coronel Lima não estava presente na empresa, e agentes da Transnacional entraram em contato com a Hoya Corretora, que por sua vez ligou para o coronel. De acordo com o MPF, isso demonstraria a provável participação de Temer e Lima no recebimento da propina. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil