Mesmo com uma ala próxima do presidente Michel Temer já admitindo que a votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados pode ficar para depois das eleições deste ano, o próprio presidente relatou a interlocutores diretos neste fim de semana que é melhor votar em fevereiro “mesmo que para perder”.

 

O governo sabe que não tem ainda os 308 votos necessários para aprovar a matéria na Câmara, que tem previsão de ir a votação no próximo dia 19 de fevereiro. A avaliação de Temer é que os deputados vão ser cobrados pelo seu posicionamento perante o tema e que é preciso que eles “mostrem a cara”.

 

De acordo com um auxiliar do presidente Temer, a determinação do governo em votar mesmo para perder fará ainda com que os pré-candidatos – como Geraldo Alckmin – pressionem seus partidos para votarem a favor do texto. No fim do ano passado, Temer ensaiou o discurso que adotará caso a matéria não seja aprovada, dirá que “fez sua parte” e que os parlamentares é que serão culpados pela continuidade de crise segundo informações do Estadão.