EC Bahia

O início de 2018 foi promissor para o jovem Marco Antônio. Contratado depois de brilhar contra o Bahia pela Desportiva Paraense na Copa São Paulo de Futebol Júnior, o rápido atacante foi um dos destaques do título baiano daquele ano, inclusive participando do gol de Elton, que sacramentou a conquista sobre o Vitória em pleno Barradão.

As boas atuações renderam a compra do jogador e mais três anos de contrato. Depois disso, o jovem do Pará começou a sofrer com as lesões e não jogou mais.

A chegada de 2019 era a promessa de uma virada para ele. “Sem dor” e com a expectativa de voltar a ser destaque, Marco iniciou a temporada participando do time B que jogou algumas partidas no Campeonato Baiano. Sua última partida disputada foi no dia 30 de janeiro, contra o Bahia de Feira, na Arena Fonte Nova.

Na sequência, mais uma lesão assombrou o atleta no mês. A tristeza da vez foi uma fratura no pé. Marco sofreu com a consequência de mais uma vez perder espaço.

Nos últimos meses, ele parece ter se livrado das lesões. Com pouco espaço na equipe, não foi emprestado para outro clube e segue treinando na equipe principal. No entanto, nenhum minuto lhe foi dado pelo técnico Roger Machado. Em agosto, após optar por Clayton – um jogador que à época estava de saída – , Roger citou uma ressalva para não escalar o jogador, mas prometeu uma chance.

“Tenho muito carinho pelo Marco, converso com ele. Marco, jogando pelo lado, é um meia com vitória pessoal pela habilidade do que pela velocidade, com uma boa batida de fora. Estou animado de poder dar uma chance para ele. O que Marco precisa evoluir, assim como a maioria dos jogadores brasileiros que jogam do meio para frente, é participar dos processos defensivos. Com bola, tenho certeza de que ele vai fazer, ir para cima, ter vitória pessoal, ser intenso. Mas o jogo tem duas fases, e a gente não pode abrir mão da segunda também. A gente acredita muito no que ele pode oferecer para o clube”, projetou.

Após o Bahia vencer o Botafogo no último dia 25 de setembro, Marco Antônio foi assunto mais uma vez. A ressalva defensiva voltou a ser defendida pelo comandante.

“Eu pensei [em colocar Marco Antônio]. Mas hoje fiz parte da gestão do grupo, era colocar o Pedro no campo, que também vinha treinando bem. Eu quero muito colocar o Marco, é o único jogador que talvez não tenha atuado ainda comigo. Essa semana eu ainda peguei o Marco para mostrar pelos números onde ele precisa evoluir. Ofensivamente, sei o que pode me dar, uma característica parecida com a do Dudu, com quem trabalhei, tem vitória pessoal com a bola perto do pé, mas precisa evoluir defensivamente. Ele concorda com isso. A partir dessa semana, mudei método com ele. Disse que vou ‘cagar ele a grito’ para ele fazer o que é preciso. Mas logo vou dar oportunidade, porque ele está merecendo”, projetou.

Apesar da expectativa por uma oportunidade, Marco ainda segue sem entrar em campo. No jogo contra o Fluminense realizado no final de semana, ele era uma das opções para substituir Artur, suspenso. A escolha, no entanto, foi pelo meio-campista Guerra. Na noite desta quarta-feira (16), às 19h15, o desafio será contra o Grêmio. Será esse o dia da volta? Bahia Notícias