O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, atendeu na sexta-feira (28), a pedido da defesa do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, a fim de impedir uma eventual transferência dele, a partir de 1º de janeiro, do Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar do Rio de Janeiro para outra prisão. A defesa entrou com o pedido depois que o ministro Alexandre de Moraes negou liberdade a Luiz Pezão.

 

Fernando Pezão está preso desde o último dia 29 de novembro em quartel da Polícia Militar em Niterói, Região Metropolitana do Rio. No próximo dia 1º, Pezão perderá o chamado foro privilegiado e poderia eventualmente ser transferido para outra unidade prisional segundo o G1. Os advogados alegaram “grave risco” à segurança pessoal do governador.

 

Segundo a defesa, ele “terá acabado de deixar o cargo e terá contato com outros detentos, o que não é, nem de longe, recomendável”. Segundo Toffoli, ministro de plantão que decide somente demandas consideradas urgentes durante o recesso do Judiciário, a medida se justifica “frente à dignidade do cargo ocupado”. O objetivo é “obstar a admissão de qualquer tipo de medida que possa comprometer a segurança pessoal, física e psíquica” de Pezão.

 

Pezão foi preso na operação batizada de “Boca de Lobo”, baseada na delação premiada de Carlos Miranda, operador financeiro do ex-governador Sérgio Cabral, também preso. A operação investiga crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva. Pezão foi o quarto governador do Rio a ser preso – o primeiro no exercício do mandato.