As buscas por vítimas da tragédia de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, chegam ao centésimo dia neste domingo (5). De acordo com último balanço da Defesa Civil, 235 mortes foram confirmadas e 35 pessoas continuam desaparecidas.

De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros Pedro Aihara, esta já é a maior operação de busca e resgate do Brasil, ultrapassando o trabalho realizado nos deslizamentos na Região Serrana do Rio de Janeiro, em 2011.

Cães farejadores, drones e aeronaves têm participado das buscas. Segundo o Corpo de Bombeiros, os trabalhos seguem diariamente, das 6h às 23h, e com reuniões durante as madrugadas. A operação só será encerrada quando todas as vítimas forem encontradas ou quando não houver mais condições biológicas de buscas.

A Barragem do Córrego do Feijão, da Vale, se rompeu no dia 25 de janeiro. Os rejeitos de minério devastaram a área administrativa da mineradora, incluindo o refeitório da Vale, onde muitos trabalhadores almoçavam.

A lama também destruiu plantações e casas de moradores da região. O Rio Paraopeba, um dos afluentes do São Francisco, foi contaminado. A captação de água está interrompida desde o dia do rompimento.

Desaparecidos
De acordo com o médico legista do Instituto Médico Legal (IML) Ricardo Moreira Araújo, mais de 180 segmentos de corpos resgatados da lama ainda aguardam identificação. Ele ressaltou que esses fragmentos podem pertencer a vítimas que já tiveram as mortes confirmadas.

Ainda segundo Araújo, o trabalho é feito seguindo protocolos da Interpol e internacionais para que, além da identificação dos corpos, seja possível a coleta de provas para a investigação.

O médico legista afirmou que a meta do IML é identificar todos os corpos e fragmentos resgatados até o “limite biológico”, ou seja, quando não houver mais possibilidades de reconhecimento. G1