O Tribunal de Contas da União (TCU) quer que sejam anuladas autorizações para obras de educação sem critérios técnicos e com suspeitas de corrupção durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Os valores chegam a R$ 7,2 bilhões. Investigadores apuram medidas da gestão do então ministro da Educação, Milton Ribeiro, que deixou o cargo em 2022. De acordo com informações publicadas nesta última quinta-feira (13) pelo jornal Folha de S.Paulo, para atender aliados políticos e lobistas, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) liberou milhares de novas obras com valores divididos em pequenas quantias, na maioria das vezes de R$ 30 mil. Representantes do FNDE fizeram, entre 2020 e maio do ano passado, 3.356 termos de compromisso entre o órgão e prefeituras relacionadas a novas obras que chegaram a R$ 8,8 bilhões (construção de creches, escolas, quadras e reformas). O valor é 14 vezes superior ao que estava no orçamento para essa finalidade. Os ministros do tribunal iniciaram na quarta-feira (12) o julgamento final do tema, mas houve um pedido de vista. Existe um prazo de 60 dias para ser retomado. Brasil247