O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segue em sua empreitada para desmentir as notícias falsas espalhadas por bolsonaristas que colocam em dúvidas a segurança do sistema eleitoral brasileiro. Segundo matéria publicada no blog de Fausto Macedo, do Estadão, na terça-feira (27), Barroso criou um núcleo com dois funcionários do alto escalão do tribunal para monitorar manifestações que atentem contra a legitimidade das eleições. O núcleo será composto pela secretária-geral do TSE, Aline Osório, e pelo secretário de tecnologia do tribunal, Julio Valente, que reforçarão a campanha contra notícias falsas que já está funcionando no site oficial da Corte.

Fake news sobre a urna

Já nesta última  terça-feira (27), o TSE divulgou um texto em seu site oficial para desmentir uma fake news bolsonarista de que as urnas eletrônicas possuem a mesma tecnologia desde 1996. “É falsa a afirmação de que as urnas eletrônicas atuais apresentam a mesma tecnologia de 1996. O sistema de votação brasileiro é objeto de aprimoramentos constantes, que acompanham o desenvolvimento científico nas áreas de segurança de sistemas e de sistemas embarcados”, diz um trecho da nota.

“Embora o design exterior da urna tenha sido preservado ao longo dos anos, por dentro, a urna evoluiu significativamente. O TSE adquiriu urnas nos anos de 1996, 1998, 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2009, 2010, 2011, 2013, 2015 e 2020. Os modelos de 1996 a 2008 já não estão mais em uso. A cada novo modelo, as urnas eletrônicas tornaram-se mais modernas e seguras. A título de exemplo, a partir do modelo de 2009, a urna ganhou uma evolução tecnológica relevante: para incrementar a segurança, foram introduzidos o hardware de segurança e a cadeia de confiança do software”, prossegue o TSE.