O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estima um gasto de quase R$60 milhões em segurança armada pelos próximos dois anos e meio, incluindo as eleições que acontecem no próximo dia 2 de outubro e vai definir eleitas e eleitos para cargos de deputado federal e estadual; governador; senador; e presidente de República. Todos os mandatos são válidos pelos próximos 4 anos, com excessão dos senadores, que cumprem 8 anos no Senado Federal.

O montante de R$59 milhões será usado em despesas com proteção privada em residências de ministros, vigilantes armados nas dependências da Corte e grades de metal, de acordo com o TSE. Em 2017, a Corte firmou um contrato de R$ 16 milhões com a empresa que fez a vigilância armada do tribunal até o início deste ano. Em 2022, o gasto mensal subirá para cerca de R$ 2 milhões por mês.

Num momento de crise econômica, o reforço na segurança pessoal será destinado apenas a um seleto grupo de juízes. A proteção se aplica aos magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A licitação em curso confere, portanto, um grau adicional de resguardo aos integrantes de tribunais superiores.

No edital de contratação deste ano, o setor de licitações do TSE argumenta ser necessário o investimento em vigilância armada, incluindo a casa dos magistrados, para “resguardar a democracia e o trâmite dos processos da Justiça Eleitoral”. O aumento de despesas em segurança ocorre em meio a ataques ao processo das eleições por parte do presidente Jair Bolsonaro e de sua militância.