Agência Brasil

A denúncia da força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo contra o senador José Serra (PSDB) por lavagem de dinheiro caiu como uma bomba no PSDB. Desde cedo, tucanos demonstravam preocupação com o impacto político e o desgaste na imagem da legenda, que protagonizou disputas presidenciais até 2014.

A avaliação é a de que a denúncia terá um potencial semelhante ao do caso do deputado federal Aécio Neves (PSDB), também denunciado na Lava Jato. Em um momento em que a legenda tenta recuperar o protagonismo, tucanos avaliam que esses episódios passam a “sangrar” o partido. Integrantes da sigla acham ter sido um erro o PSDB não ter afastado Aécio Neves ainda em 2017, quando estourou o caso JBS.

Integrantes do partido avaliam que o cuidado excessivo com o então presidente da legenda trouxe consequências políticas para a campanha presidencial de Geraldo Alckmin em 2018. Na disputa daquele ano a legenda teve desempenho sofrível. Foi a primeira vez, desde 1994, que o PSDB ficou fora do segundo turno. Agora, a avaliação é semelhante.

Mas, neste momento de impacto pela denúncia, o ambiente é de imobilismo. Até porque Serra é considerado um símbolo do partido: duas vezes candidato à presidência da República, ele também foi ministro da Saúde e do Planejamento e Orçamento, governador de São Paulo e prefeito da capital.

“A investigação deve prosseguir. Sem nenhuma obstrução ou contestação por parte do PSDB. Mas não podemos fazer juízo antes do julgamento final pela Justiça”, disse ao blog um dos principais caciques do PSDB. Por Blog do Camarotti