A Uefs [Universidade Estadual de Feira de Santana] também vai paralisar as atividades. Em assembleia realizada nesta quinta-feira (4), professores da instituição decidiram deflagrar greve. Segundo a associação dos docentes da instituição [Adufsba], foram 103 votos a favor da greve contra 77.

Doze pessoas optaram pela abstenção. O início do movimento ocorre nesta terça-feira (9) com a suspensão das aulas. A Uefs acompanha a Uneb [Universidade do Estado da Bahia] e Uesb [Universidade do Sudoeste da Bahia], que também decretaram greve.

Nas reivindicações, os professores afirmam que há seis anos não têm aumento real no salário. O último reajuste acima da inflação foi em 2013, com acréscimo de 7% no salário base. Os docentes também apontam perdas de mais de 25% na recomposição dos vencimentos.

Eles também criticam a alteração do Estatuto do Magistério Superior que retirou dos profissionais com Dedicação Exclusiva a possibilidade de usarem mais tempo à pesquisa e extensão.

Ainda segundo a Adufsba, há cortes de verbas para o funcionamento da Uefs, e desde 2012 os professores cobram aumento do repasse do estado para 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI). Atualmente o valor é 4,9% da RLI.

UESC

De forma mais cautelosa, os professores da Uesc [Universidade Estadual Santa Cruz], que tem campus em Ilhéus, decidiram pelo estado de greve. Segundo a TV Uesc, em assembleia, a proposta pelo estado de greve venceu com 114 votos contra 54 dos que queriam greve imediata a partir da terça-feira (9).

À emissora universitária, o representante dos professores da Uesc [Adusc], José Luís França, disse que o estado de greve “é um ultimato” ao governo antes da possiblidade da greve. (Bahia Notícias)