Em seu último show em Sergipe, realizado em 2012, a cantora e compositora Rita Lee, que faleceu nesta segunda-feira (8), em decorrência de um câncer de pulmão, foi detida após denunciar a ação de policiais que faziam a segurança do evento, e liberada em seguida.
Na madrugada do dia 29 de janeiro de 2012, a artista se apresentou no Projeto Verão, no município da Barra dos Coqueiros. O show foi anunciado como o último da carreira. No entanto, ela teria realizado outras apresentações posteriormente: no Distrito Federal no fim de 2012 e no aniversário de São Paulo em 2013. Durante o show em SE, a artista se mostrou indignada com a atitude dos militares em relação ao público que estava no local.
“Oh, se a polícia bater, se a polícia bater eu vou dedar para o Brasil inteiro. Denuncio e processo. Isso é força brutal. Vocês não têm direito de usar a força na meninada, que não tá fazendo nada…Esse show é minha despedida do palco e vocês continuam tendo que guardar as pessoas e não tendo que agredir”, disse.
A artista se mostrou revoltada com a ação policial e disparou: “Seus cachorros! Coitados dos cachorros. Cafajestes! Vocês estão fazendo de propósito. Eu sou do tempo da ditadura, se pensa que eu tenho medo, p..! Venha aqui! Eu sou mulher. Mulher, queridos!”
Após as declarações, ela foi detida, ouvida e liberada. À polícia, Rita Lee disse que toda a ação foi gerada pelo calor das emoções e por ter achado truculenta e desnecessária a ação dos policiais com seus fãs.
Em virtude do ocorrido, durante alguns meses a cantora enfrentou processos movidos pelos policiais militares, sendo condenada a pagar algumas indenizações e absolvida do processo por danos morais impetrado por 35 policiais militares de Sergipe. G1