Foto: Divulgação/Prefeitura de Camaçari

Uma semana após a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) anunciar que ia fazer a testagem de até 180 mil funcionários e estudantes com idade superior a 13 anos da rede pública municipal e estadual, o governo registrou 16 casos positivos. Segundo informações da Sesab, as amostras foram processadas entre 18 de outubro e a manhã desta quarta-feira (27). Os testados estavam assintomáticos e participando das atividades presenciais.

De acordo com o órgão de saúde, foram feitos 1.757 testes, com 16 resultados positivos, cinco inconclusivos e 1.736 negativos. Além disso, 115 exames ainda estão em análise. A Sesab informou que não foi feita uma separação por idade. A primeira coleta foi feita no Colégio Estadual Eduardo Bahiana, em Salvador.

A Bahia teve retorno de 100% das aulas presenciais na rede estadual de ensino no dia 18 de outubro, após um ano e sete meses da suspensão, que ocorreu em março de 2020, por causa da pandemia da Covid-19. Segundo informações da Sesab, o objetivo da ação é identificar, monitorar e isolar casos da Covid-19 na comunidade escolar. O projeto Partiu! #Testagem nas Escolas tem a duração de três meses.

De acordo com a titular da pasta estadual da Saúde, Tereza Paim, estima-se que a amostragem aleatória de pessoas assintomáticas cubra até 20% da comunidade escolar. As amostras coletadas nas escolas pelas equipes municipais são enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA). A secretária pontuou ainda que os casos sintomáticos são submetidos ao teste rápido de antígeno.

Protocolos sanitários

De acordo com o governo, para além do rastreamento dos casos assintomáticos, cada escola deve implementar uma estratégia padrão de rastreamento diário a partir de uma lista de sintomas, embasadas nos critérios clínicos. O uso de máscaras, o distanciamento social e a higiene frequente das mãos são as medidas básicas para evitar a disseminação da Covid-19 na comunidade escolar.

Volta das aulas presenciais

A expectativa do governo é de que 900 mil estudantes retornem às atividades a partir desta segunda. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) é contrário ao retorno total em todas as escolas, e protocolou uma ação no Ministério Público da Bahia (MP-BA). A categoria alega que algumas unidades do estado não têm estrutura suficiente para cumprimento de medidas sanitárias e não estão prontas pra receber alunos.

O APLB também fala sobre o risco para os estudantes, funcionários e os professores, já que ainda há circulação da Covid-19 e que nem todos completaram o esquema vacinal para prevenir a doença. O Ministério Público do Trabalho diz que acompanha de perto retorno, e que montará uma comissão para fiscalizar escolas, sem aviso prévio de qual unidade será vistoriada.

Na capital baiana, o retorno foi tranquilo e sem aglomerações no início da manhã. Nas cidades de Barreiras e Vitória da Conquista, que ficam no oeste e sudoeste baiano, a situação se repetiu, assim como em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, e em Juazeiro, na região norte. A previsão é de que o ano letivo siga até o dia 28 de dezembro, nas mais de 25.700 unidades, espalhadas nas 417 cidades do baianas, de acordo com dados do Censo Escolar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). G1