Único integrante baiano na comissão especial para discutir o voto impresso, o deputado federal Leur Lomanto Jr. (DEM) revelou não ser contrário à implementação da medida. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19 que obriga o voto impresso é de autoria da deputada Bia Kicis (PSL). “Acho que qualquer mecanismo que venha dar transparência, que venha dar credibilidade ao resultado da eleição, [é válido]. Não vejo problema nenhum nisso. Se conseguir aliar o avanço da urna, dando mais confiança e credibilidade ao voto do eleitor, não vejo problema”, comentou em entrevista ao Bahia Notícias.

O projeto prevê a exigência da impressão de cédulas em papel na votação, de forma simultânea a inserção do voto na urna. A medida deverá ser adotada na apuração de eleições, plebiscitos e referendos. A primeira reunião foi realizada na segunda-feira (17), onde foram requisitadas pelo menos seis debates para ouvir autoridades, como ministros e ex-ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Também serão convidados especialistas em segurança cibernética e criptografia, auditores do TSE e independentes, além de representantes de partidos políticos. De acordo com Leur, o relator, deputado federal Filipe Barros (PSL), quer apresentar o relatório em julho. Para que a iniciativa seja implementada no próximo pleito, é necessária a aprovação e promulgação até o início de outubro de 2021.

PRESIDENTE ENCAMPA PROJETO

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), um dos maiores apoiadores do projeto, já garantiu que o projeto será implementado ou não pode não haver eleições em 2022. De acordo com Bolsonaro, caso o Congresso brasileiro aprove o voto impresso, em 2022 a medida já será tomada e que “se não tiver voto impresso é sinal que não vai ter eleição”. Bolsonaro também comentou que “ninguém passará por cima da decisão do parlamento brasileiro”, caso o projeto seja promulgado pelo Congresso