O uso de máscara voltou a ser obrigatório em ambientes fechados e no transporte público em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador. A prefeitura informou sobre a medida nesta quinta-feira (11) e disse que o decreto com a decisão será publicado em edição do Diário Oficial Eletrônico na sexta-feira (12).

A medida, segundo a gestão municipal, pretende reduzir os riscos de transmissão da varíola dos macacos (Monkeypox). No município, o primeiro caso foi registrado em um jovem de 29 anos na última quarta-feira (10).

Ainda conforme a publicação, é recomendada a higienização dos ambientes, disponibilidade de álcool gel e distanciamento social.

O uso de máscaras na cidade passou a ser obrigatório na cidade no início da pandemia da Covid-19, ainda em 2020. Com a chegada da vacina contra a doença e as flexibilizações, a prefeitura de Feira de Santana tornou, em abril deste ano, facultativo o uso de máscaras em locais fechados. Contudo, com a chegada da Monkeypox, a gestão municipal retornou com a obrigatoriedade do item nos locais fechados e no transporte público.

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

  • Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Isolamento

Pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento, em um local com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com outras pessoas, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada, protegendo a boca e o nariz.

Além disso, é importante que o paciente lave as mãos várias vezes ao dia, preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, deve usar toalhas de papel descartável para secá-las.

Quem estiver com suspeita também não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só podem ser reutilizados após higienização. G1