Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta última sexta-feira (6),que o Brasil vai “dançar com todo mundo” e seguir “trabalhando com todo mundo”, incluindo os Estados Unidos, independentemente do resultado das eleições presidenciais norte-americanas. Questionado sobre o tema, Guedes comparou a política internacional a uma “festa” à qual o Brasil chegou atrasado – e, por isso, teria de “dançar” com todos.

“Vamos dançar com todo mundo, porque chegamos atrasados na festa. Também não vamos superestimar o fator político quando ele não é para ser superestimado. A dinâmica de crescimento do Brasil depende de nós”, disse. “A mudança nos Estados Unidos, eventualmente – e os dados indicam que está próxima de acontecer – não afeta a nossa dinâmica de crescimento. Particularmente com relação aos Estados Unidos, nós estávamos e continuaremos trabalhando com todo mundo, “afirmou.

As declarações foram dadas em um evento de um banco privado, transmitido pela internet. Ainda segundo Paulo Guedes, o Brasil depende de si mesmo para retomar a economia – e não das relações com parceiros comerciais, ou das oscilações no cenário global. Até neste sábado (7), a contagem de votos prosseguia e o vencedor ainda não havia sido definido, embora o cenário indicasse vantagem para o candidato democrata Joe Biden. Aliado de Jair Bolsonaro, o atual presidente e candidato à reeleição Donald Trump pretende questionar uma eventual derrota na Justiça.

Desde o início do mandato, o presidente Jair Bolsonaro fez diversos movimentos na tentativa de se aproximar de Trump. Recentemente, Bolsonaro também rebateu críticas de Joe Biden ao aumento das queimadas na Amazônia – o candidato chegou a falar em “retaliação” ao Brasil por conta do meio ambiente. Nesta sexta, já com as apurações nos Estados Unidos em estágio avançado, Bolsonaro declarou que Donald Trump “não é a pessoa mais importante do mundo”. Mas não citou Biden no discurso. G1