Agência Brasil

Economistas  analisaram na manhã deste domingo (16), o pedido de demissão do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, apresentado ao ministro da Economia, Paulo Guedes. Para os economistas, a saída de Levy do comando do banco pode atingir negativamente o mercado a partir desta segunda-feira (17), provocando alta do dólar e queda da bolsa de valores.

O economista Maílson da Nobrega, ex-ministro da Fazenda, disse que com a saída de Levy o governo federal está perdendo um “profissional de alta qualidade”, com vasta experiência no setor público e privado Para Maílson a demissão de Levy gera insegurança no mercado e na equipe econômica do governo.

O economista-chefe da Necton Corretora, André Perfeito, disse que a saída de Joaquim Levy é negativa e causa insegurança no mercado financeiro. André Perfeito prevê efeitos na bolsa de valores, que pode sofrer queda, e no dólar, que pode entrar em alta, durante a próxima semana. Ele acredita que o sucessor de Joaquim Levy no BNDES será nome de perfil técnico e liberal.

Segundo João Borges, comentarista de economia da GloboNews, o presidente Jair Bolsonaro nunca recebeu bem o nome de Joaquim Levy para o BNDES, que foi uma escolha pessoal do ministro da Economia, Paulo Guedes. Bolsonaro, segundo João Borges, se incomodava com a carreira pregressa de Levy – ele foi secretário do Tesouro e ministro da Fazenda em governos do PT.

A comentarista da GloboNews Miriam Leitão disse que a situação de Joaquim Levy no governo Bolsonaro “nunca foi muito confortável”. Segundo Miriam Leitão, ele não queria que Levy fosse presidente do BNDES e foi difícil convencer Bolsonaro de que Joaquim era um bom nome. Miriam Leitão afirma que Bolsonaro entendia que não estava sendo obedecido porque a “caixa-preta” do BNDES ainda não foi aberta. G1