EC Bahia

A diretoria do Bahia prometeu fazer uma grande reformulação no elenco quando a temporada 2020 chegou ao fim, em fevereiro deste ano. E a promessa foi cumprida: 19 jogadores foram contratados. O problema é que cara nova não tem sido sinônimo de bom rendimento.

Setor que recebeu a maior parte dos reforços contratados para 2021, o ataque é também um dos mais problemáticos da equipe. Dos sete atletas que desembarcaram no CT Evaristo de Macedo, apenas o centroavante Hugo Rodallega conseguiu dar o retorno esperado.

A grande dificuldade do Esquadrão está mesmo em acertar nos atletas que atuam pelos lados do ataque. Enquanto Rossi segue absoluto na ponta direita, a esquerda passa por um revezamento desde a saída de Élber, no fim do ano passado.

Nos últimos sete meses, quatro jogadores já foram testados na função: Oscar Ruiz, Maycon Douglas, Thonny Anderson e Isnaldo, mas nenhum se firmou e garantiu a titularidade no time.

A conta fica maior se a participação do garoto Ronaldo, do sub-23, for levada em consideração. Ele atuou em três jogos sob o comando de Dado Cavalcanti, demitido em 17 de agosto, e não teve sequência na equipe principal.

Desde a chegada do técnico Diego Dabove, no dia seguinte, o argentino Isnaldo e o paraguaio Oscar Ruiz vêm sendo escalados como titulares. Ruiz, aliás, ganhou sequência com a saída de Rossi, que está machucado e ficará mais um mês fora. Mas até aqui as apresentações da dupla deixaram a desejar.

Na luta contra o rebaixamento para a Série B, a esperança do Esquadrão para fortalecer os lados do ataque está depositada nos atletas que ainda não estrearam. Ontem, Raí Nascimento foi apresentado oficialmente e prometeu dedicação para ajudar a equipe.

“Trabalho e esforço não vão faltar nunca. Sou um jogador que pode jogar por dentro e por fora, em ambos os lados”, disse ele, antes de completar: “O time tem que sair dessa, vai sair dessa. Espero ajudar. Não é fácil, mas podemos sair dessa”.

Último inscrito do Bahia no Brasileirão, Raí vive também a expectativa para jogar pela primeira vez no futebol nacional. Apesar de ter nascido no Rio de Janeiro, ele mudou para a Espanha aos 13 anos e fez toda a formação no país europeu. A profissionalização aconteceu pelo Zaragoza, e ele defendeu ainda o Ibiza e o La Coruña antes de acertar com o time baiano.

“Saí muito novo aqui do Brasil. Sempre tive vontade de jogar no futebol brasileiro, e o Bahia está me dando essa oportunidade. Espero dar o melhor de mim”, afirmou Raí. Como já está regularizado, o atacante pode ser relacionado para o confronto com o Corinthians, na próxima terça-feira, em São Paulo.

Já o outro reforço ainda não está disponível para o técnico Diego Dabove. Badalado pela boa passagem que teve no Athletico-PR – clube pelo qual conquistou a Copa Sul-Americana em 2018 e a Copa do Brasil de 2019 -, Marcelo Cirino se recupera de uma cirurgia no joelho e, segundo o departamento médico do Bahia, não tem previsão para estrear. (Correio da Bahia)