As vendas do varejo na Bahia recuaram 1,2% no mês de agosto em relação ao mês anterior, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE. Os números são livres de influências sazonais, e registram queda após terem se mantido estáveis entre junho e julho (0,0%)

Apesar dos dados negativos, o resultado do comércio varejista baiano entre julho e agosto ficou acima do índice no Brasil, que foi de -3,1%. Além disso, 24 estados registraram quedas nas vendas. Os piores resultados registrados foram em Rondônia (-19,7%), no Paraná (-11,0%) e no Mato Grosso (-10,9%). Apenas Ceará (2,0%), Maranhão (1,0%) e Roraima (0,3%) tiveram avanços. A Bahia ficou com o 9º índice.

Com o resultado negativo de julho para agosto, o volume de vendas do comércio varejista na Bahia voltou a ficar abaixo (-0,2%) do patamar verificado no período pré-pandemia, em fevereiro de 2020, o que não acontecia desde abril deste ano.

Além disso, de acordo com os dados do IBGE, o desempenho do varejo baiano também foi negativo na comparação de agosto de 2021 com agosto de 2020, com queda de 8,7% nas vendas. Segundo a pesquisa, esse foi o primeiro recuo depois de quatro crescimentos seguidos nesse confronto e o pior resultado para um mês de agosto em cinco anos, desde 2016, quando as vendas haviam caído 13,7%.

Nessa comparação, o desempenho das vendas do varejo baiano foi pior do que o nacional, que recuou 4,1%, o que deixou a Bahia na 19ª posição entre os estados. Apenas Mato Grosso do Sul (5,9%), Espírito Santo (5,3%) e Piauí (3,7%) registraram alta nesse índice. No outro extremo, os piores resultados ficaram com Amapá (-14,2%), Acre (-13,5%) e Paraíba (-13,2%).

Apesar do desempenho ruim, as vendas do varejo baiano ainda acumulam alta de 7,2% de janeiro a agosto de 2021, no confronto com o mesmo período do ano anterior. O resultado na Bahia seguiu acima do nacional (5,1%) e foi o 11º entre os estados.

No acumulado nos 12 meses encerrados em agosto, que leva em consideração os 12 meses anteriores, as vendas do comércio varejista na Bahia também seguem avançando com 5,1%. O resultado deixa o estado em 15º entre as 27 unidades da Federação. Em agosto, na Bahia, cinco das oito atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) tiveram recuos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2020.

A queda de maior contribuição para o resultado negativo foi da venda dos móveis e eletrodomésticos (-35,7%). Em seguida, foram as vendas nos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo com recuo de 10,2%. Segundo o IGBE, a atividade de maior peso na estrutura do comércio na Bahia, os supermercados tiveram, em agosto, seu 10º resultado negativo consecutivo, com recuo nas vendas desde novembro de 2020.

Já os melhores desempenhos ficaram com os segmentos de tecidos, vestuário e calçados, que com crescimento de 23,8%, além da venda de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, que subiu 10,1%, e de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação com aumento de 11,4%.

As vendas de material de construção na Bahia apresentaram, em agosto, pelo terceiro mês consecutivo, o maior recuo do país entre os 12 locais onde o segmento é investigado (-25,3%). Essa é a maior série histórica para o indicador no estado, mas se deu em cima de um aumento importante, registrado em agosto de 2020 frente ao mesmo mês em 2019 (30,1%). G1