A vereadora Marcelle Moraes (sem partido) diz ter sido vítima de racismo e agressões verbais e psicológicas por parte de um grupo de religião de matriz africana, durante a sessão da Câmara Municipal de Salvador desta segunda-feira (25).

Segundo a edil, “os comentários racistas começaram do lado de fora da Casa”, onde um grupo de pessoas se concentrava. Essas pessoas, segundo Marcelle, teriam se referido a ela como “escrota branca” segundo o Bahia Notícias.

“Estou sofrendo agressão verbal e psicológica por defender os animais. Hoje eu fui vítima de racismo por parte de um grupo religioso que se diz contra a intolerância. Isso é muito grave. Fui chamada de racista e “escrota branca”, sendo que eu tenho um relacionamento de três anos com um homem negro. O meu noivo é negro. Isso não tem fundamento”, disse Marcelle Moraes ao destacar que a situação a deixou “muito assustada”.

Durante a sessão, representantes de religiões de matriz africana protestaram contra a vereadora e a acusaram de racismo. O grupo chegou a se virar de costas para o plenário enquanto a vereadora falava ao microfone.

O ato foi motivado pela homenagem solicitada por Marcelle em uma sessão realizada na última terça (19). Os vereadores respeitaram um minuto de silêncio em razão da morte da líder religiosa Makota Valdina. Logo em seguida, Marcelle pediu para que fosse incorporada ao ato uma homenagem à “rinoceronta” – o feminino correto é rinoceronte-fêmea.