Uma seringa com vestígios de quetamina foi apreendida no apartamento de Francisco Sáenz Valiente, empresário argentino suspeito da morte da modelo baiana Emmily Rodrigues Santos Gomes, em Buenos Aires, na Argentina. Segundo o jornal La Nacion, as investigações sobre o caso foram enviadas para a jurisdição federal nessa segunda-feira.
Um exame toxicológico, que já havia sido divulgado, indicou que a brasileira fez uso de drogas alucinógenas antes do acidente. Segundo o laudo do Laboratório de Toxicologia e Química Jurídica do Corpo Médico Legal, foram encontrados álcool, cocaína, maconha, ketamina e MDMA — um dos componentes do tusi, a forma abreviada para “Tucibi” pela pronúncia inglesa da sigla 2C-B, que é um nome da “cocaína rosa”.
“Vendo-me obrigado a resolver nos termos do que dispõe o Superior, seguindo as orientações constantes da referida resolução e tendo cumprido os trâmites urgentes decretados (implementação da tornozeleira eletrônica, comunicação da proibição de saída do país e o embargo), terei que declarar a incompetência deste Juízo para continuar intervindo neste expediente e terei que remetê-lo, consequentemente e sem mais delongas, ao Gabinete de Sorteios da Câmara de Recursos Penal e Correcional Federal, para que o Tribunal daquela Comarca elimine o processo, que deve prosseguir com a investigação”, disse a desembargadora María Fabiana Galletti em decisão assinada nessa segunda.
Em entrevista ao jornal O Globo, o advogado Ignacio Trimarco, que representa os pais da brasileira, a descoberta de quetamina na seringa mostra que ela foi vítima de uma agressão sexual, e quando ela resistiu e começou a pedir ajuda, injetaram nela a droga.
Já Sáenz Valiente nega envolvimento na morte da brasileira, e diz que a queda foi acidental. Segundo ele, a brasileira teria tido um surto psicótico enquanto estava no seu apartamento, e depois ela teria se jogado do sexto andar do prédio. Correio da Bahia