Mais uma vez o Vitória saiu atrás do placar e foi derrotado na Série B. Diante do Criciúma, neste domingo (11), a equipe comandada por Léo Condé sofreu um gol no começo da primeira etapa e teve dificuldades para reagir e mudar o placar: 1×0 para o Tigre, com gol marcado por Fabinho. Da outra vez que começou perdendo um jogo, como foi contra o Atlético-GO, na 6ª rodada, o Leão também perdeu a partida.
O resultado tirou o rubro-negro da liderança da competição após 11 rodadas na ponta da tabela. Com 25 pontos, o time foi ultrapassado pelo Novorizontino, que tem 26, e caiu para a segunda colocação. A equipe paulista venceu o Sampaio Corrêa em casa no sábado (10), por 1×0. Não era esse o cenário esperado pelos 27 mil torcedores no estádio. Esse foi o maior público da temporada do Vitória.
Ainda há a possibilidade do Leão ser ultrapassado pelo Vila Nova, que joga uma partida atrasada da 2ª rodada contra o Sport no próximo domingo (18), na Ilha do Retiro, em Recife. Caso vença, o Vila vai a 27 pontos e assume a liderança da Série B. O empate entre eles mantém o Leão na segunda colocação pelo desempate no saldo de gols. O Vitória tem 14 e o time goiano 12.
A gordura criada no começo do campeonato também começa a ser diminuída neste momento, isso porque se o próprio Sport vencer, por mais que o rubro-negro continue em segundo, diminui a distância para 5º colocado para dois pontos. O time pernambucano entraria no G4 e empurraria o Criciúma para fora da zona de acesso. Após vencer o rubro-negro no Barradão, o Tigre chegou a 23 pontos ganhos. Resta aguardar o jogo atrasado para atualizar a tabela.
No jogo deste domingo, Léo Condé promoveu mudanças importantes no time. Por abrir mão do esquema com três zagueiros nos jogos em casa, João Victor saiu do onze inicial e deu vaga a Zé Hugo no setor de ataque. Wellington Nem atuou como meia e Osvaldo e Tréllez fecharam o trio ofensivo. No gol, Lucas Arcanjo se recuperou de lesão e retornou para a meta, enquanto Railan deu lugar a Zeca na lateral direita.
Para o próximo duelo contra o Guarani, que só acontece no domingo 25 de junho, às 18h, Condé já não conta com a presença do zagueiro Camutanga, que tomou o terceiro cartão amarelo e está suspenso. Se seguir com o esquema de três zagueiros para os jogos fora de casa, o treinador precisará repor a defesa com duas peças. Marco Antônio, Yan Souto, João Victor e John são opções que brigam pelas vagas.
O jogo
A equipe comandada por Léo Condé não conseguiu se impor na primeira etapa e só entrou no ritmo do jogo, de fato, no fim do primeiro tempo e durante os 45 minutos finais. Dá para dizer que pelo o que foi o segundo tempo, o Vitória merecia ter saído de campo pelo menos com um empate. Mas, ao contrário dos jogos do começo do campeonato, dessa vez o rubro-negro não foi eficiente para balançar as redes.
Seja pela falta de pontaria do ataque, com chances desperdiçadas por vários jogadores, como Wellington Nem, Tréllez, Zé Hugo, Osvaldo, Thiago Lopes… ou pelas boas intervenções do goleiro Gustavo. O arqueiro do time catarinense é cria da base do Leão e fez bom jogo no Barradão.
Quem esteve presente no estádio viu de perto um duelo que se desenhou próximo do que foi ao confronto com o Atlético-GO. Um visitante que controlou o ritmo de jogo, não se desesperou nas saídas de bola e, consequentemente, não cedeu chances do Vitória roubar a bola perto do gol. E assim fez o Criciúma. No ataque, pressionou muito pelo lado direito da defesa do Leão, antes ocupada por Zeca e depois por Railan, e teve pelo menos três chances de marcar por aquele lado de campo.
No lance do gol, aos 15 do primeiro tempo, o lateral Marcelo Hermes subiu bem ao ataque, tocou para Fabinho no centro da área e o camisa 11 tabelou com Ítalo Melo. O meia bateu na bola travada na defesa e ela sobrou, de novo, livre para Fabinho fuzilar a rede do Barradão abrir o placar.
Em outras oportunidades criadas ainda nos primeiros 45 minutos, Arilson quase ampliou o placar. Léo Costa deu boa enfiada de bola para o meia aos 19 minutos, que limpou bem da marcação e bateu forte. Melhor para Lucas Arcanjo – que fez mais um bom jogo – que voou na bola e mandou para escanteio.
Arilson voltou assustar após tabelinha com Ítalo Melo, que foi abusado e deu uma letra com a bola no ar para o meio-campista finalizar. Dessa vez a redonda foi por cima da meta.
As respostas tímidas do Vitória saíram quase todas dos pés de Osvaldo. Assim como o Criciúma atacava pelo lado direito da defesa rubro-negra, os ataques do Leão também saíram do lado direito ofensivo. Em um dos lances, aos 30 minutos, Osvaldo cruzou forte e ela passou no meio da zaga adversária e ainda por Tréllez e Zé Hugo. Na continuidade do lance, Zeca conseguiu finalizar de fora da área no lance mais perigoso para o goleiro Gabriel, que acompanhou a bola com os olhos.
Segundo tempo de pressão
No segundo tempo, o Vitória jogou mais na força de vontade do que pela organização em campo. Condé sacou Zé Hugo, apagado no primeiro tempo, e colocou Giovanni Augusto em campo. O camisa 10 atuou centralizado e fez os pontas mudarem. Wellington Nem saiu do meio e foi para a ponta direita, enquanto Osvaldo foi deslocado da direita para a esquerda.
E a partir daí o rubro-negro conseguiu ser mais criativo pelos lados do campo. Aos 9 minutos, a boa bola área do Vitória quase deu certo. Tréllez cabeceou no centro do gol e Gabriel ficou com ela.
Antes do domínio total do Leão, Arcanjo salvou em mais uma finalização de Arilson, que cortou para a direita e bateu cruzado rasteiro em cima do goleiro. Daí em diante, o jogo se desenhou apenas com o Criciúma forçando os contra-ataques e a torcida rubro-negra com o grito de gol entalado na garganta.
Apesar do alto volume no ataque, principalmente com finalizações de fora e cabeçadas, a principal chance do Vitória de empatar o jogo só saiu aos 44 minutos da etapa final. Osvaldo recebeu do lado esquerdo e colocou na mediada para Wellington Nem cabecear. O camisa 10 subiu meio torto e a bola saiu rente à trave. Ainda deu tempo de Thiago Lopes e Giovanni Augusto testarem o goleiro Gabriel com finalizações, mas nada feito e derrota sacramentada no Barradão. Correio da Bahia