Após a polêmica criada diante do modelo de contrato entre Bahia e a Arena Fonte Nova, com direito a ação na Justiça contra a identidade visual tricolor e a loja do Esquadrão na Arena, o Vitória resolveu não deixar o estádio do Centro de Salvador de lado. O Rubro-Negro não só cogita utilizar a praça no ano de 2019, como estuda mandar todos os seus jogos ou boa parte deles lá no próximo ano segundo o Galaticos Online.

 

A revelação foi feita nesta semana pelo vice-presidente do clube, Francisco Salles. Em entrevista ao jornalista João Salvador, do Globoesporte.com, o dirigente revelou já estar em negociação com a diretoria da Arena. “Na verdade, sobre o tema da Fonte Nova, estamos mantendo entendimentos com a Arena para definir qual modelo vamos utilizar”.

 

“Se vamos jogar todos os jogos do ano na Arena, se vamos jogar alguns jogos. Em verdade, a Arena não vem sendo utilizada pelo Esporte Clube Vitória com intensidade nos últimos anos. Coisa que será diferente no próximo ano. Primeiro, porque precisamos mais do apoio da nossa torcida, precisamos de mais recursos. E tenho certeza que, para a Arena e para o Governo do Estado, será muito importante a presença do Vitória” disse Salles.

 

Ainda continua: “Tenho certeza, total confiança que darão todo apoio para o Vitória mandar seus jogos na Arena, com termos isonômicos em relação a outras agremiações que lá jogam. Não tenho nenhuma dúvida”, disse. Sobre a ação movida na Justiça, Salles se mostrou a favor e destacou que o Leão exigirá os mesmos direitos do rival. “Sobre a ação popular, acho que é uma ação que qualquer um tem legitimidade para propor. Se sentiu que houve uma lesão por conta do contrato firmado com o Bahia, ele tem direito de propor a ação”.

 

“É um tema de união de todos os rubro-negros. Aqui não existe divisão, existe união para defender um bem maior, que é a possibilidade de utilização de um equipamento público por parte do Vitória, que tem uma nação de quase quatro milhões de torcedores. Estamos juntos, obviamente enquanto clube, após nossas negociações e, se não formos atendidos de forma igualitária como outras agremiações tiveram, podemos pensar em judicializar o tema. Acredito que não será necessário”.

 

Por fim, o vice-presidente afirmou não ver impedimento de Bahia e Vitória dividirem o mesmo estádio. “Nós temos vários modelos. Existem em outros países. Eu estive presente no estádio da Inter e do Milan. Eles coabitam o mesmo estádio. Em dia do jogo, existe a mudança do nome, a depender do mandante. Existe um vestiário padronizado para a Inter, outro para o Milan”.

 

“Se formos para lá, fizermos um acerto para mandar uma quantidade razoável de jogos ou todos os jogos, vamos querer espaço físico, ter um espaço para receber os sócios, vender nossos produtos e, obviamente, vamos exigir uma padronização para nosso clube se sentir em casa. Até por ser um equipamento público. Na PPP (Parceria Público-Privada), se tem a necessidade de utilização do equipamento pelos clubes baianos. O Vitória, como grande clube dessa terra, maior clube dos últimos 30 anos em termos de resultados, vai utilizar a Arena para seus jogos em 2019”, concluiu.