Depois do banho de água fria sofrido no último domingo, quando perdeu para o Volta Redonda em um Barradão com 28 mil torcedores, o Vitória tenta reencontrar o caminho dos triunfos e se manter fora da zona de rebaixamento e ainda mirando uma vaga no G8 da Série C. Para isso, precisa vencer o Atlético Cearense, em Fortaleza, neste sábado, a partir das 19h.

O adversário se encontra em uma situação ainda mais complicada no campeonato. O Atlético ocupa a 18ª colocação, dentro do Z4, com apenas oito pontos somados após nove partidas. Apesar de ter vencido o último jogo, no confronto cearense com o Floresta, o time sustenta outra marca negativa: o péssimo desempenho como mandante. É o pior da Série C, e somou só um ponto em casa até agora.

Casa, por sinal, é algo que o adversário troca com frequência. O Atlético começou a Série C mandando seu jogo na cidade de Horizonte, na região metropolitana de Fortaleza. A partida seguinte como mandante já foi em Juazeiro do Norte, a 500 km da capital. Jogou mais uma vez em Horizonte e depois em Pacajus.

Com isso, só agora o rival terá como mando de campo o estádio Presidente Vargas, palco da partida contra o Leão. Foi reaberto semana passada, justamente na vitória do Atlético sobre o Floresta, porém como visitante. O PV serviu de hospital de campanha na pandemia de covid e depois passou por uma pequena reforma.

Do lado rubro-negro, o técnico Fabiano Soares ganhou um desfalque inusitado. Mesmo sem estrear, o atacante Rodrigão recebeu um cartão vermelho por reclamação no banco de reservas diante do Volta Redonda. Com isso, só poderá entrar em campo na rodada seguinte, dia 19, contra o Botafogo-SP, no Barradão.

Além dele, o volante Alan Santos segue no processo de recuperação da lesão no joelho, assim como o lateral esquerdo Guilherme Lazaroni, que sentiu dor na coxa.

Se Fabiano Soares quiser, o time pode ser o mesmo que perdeu do Volta Redonda. E apesar de ele não ter antecipado a escalação, é certo que o meio-campista Dionísio está mantido no onze inicial. O jogador foi contratado neste ano do Atlético de Alagoinhas, após a boa campanha com o título do Campeonato Baiano, e vem se consolidando como uma peça importante no esquema do treinador.

Em entrevista coletiva na sexta-feira, Dionísio avaliou que teve uma boa adaptação ao clube e afirmou que está disposto a atuar em qualquer faixa do meio-campo, a depender da proposta de Fabiano Soares. “Eu estou aqui para ajudar da melhor maneira possível, independente se for do jeito que eu gosto de jogar ou não. Estou aqui sempre para ajudar não só o Fabiano, como todo grupo e espero estar fazendo isso da melhor maneira possível. Independente se for mais na frente ou mais atrás, eu quero estar ajudando”, explicou o meia e volante.

Após quebrar a sequência positiva de duas vitórias seguidas na Série C, o Leão voltou a ficar diretamente ameaçado pela zona de rebaixamento. Tem 10 pontos conquistados, um a mais que o Confiança, primeiro do Z4, e três a menos que o São José, clube que abre o G8 – zona que classifica para a segunda fase da Série C.

Diante da instabilidade na tabela, Dionísio afirmou que a partida contra o Atlético Cearense deve ser encarada como uma decisão. “A gente vinha num momento muito bom de duas vitórias e infelizmente tropeçamos dentro de casa. No meu ponto de vista fizemos um grande jogo [contra o Volta Redonda], mas futebol é assim. Agora é chegar lá contra o Atlético Cearense, fazer um grande jogo, pontuar que é o mais importante, e tentar voltar o mais rápido possível ao G8”, destacou o jogador.

Na verdade, não seria nem voltar ao G8, e sim entrar de forma inédita. Com a primeira fase chegando à metade das 19 rodadas, o rubro-negro ainda não mostrou no campo o peso da camisa.

“Desde o início sempre dependeu da gente, sempre depende de nós jogadores. Basta a gente impor o que trabalha a semana toda”, conclui Dionísio. Correio