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O volume de abertura de MEIs (Microempreendedores Individuais) cresceu 31,2% no primeiro semestre deste ano, quando foram registrados 1.654.167 novos microempreendedores individuais. Os dados são da Serasa Experian, segundo a qual a cada dois segundos um MEI foi criado no país entre janeiro e junho deste ano. A expansão foi motivada pelo número de desempregados no país, que alcança atualmente 13,7% segundo o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea).

“Este ano tivemos muita gente ocupando espaço no mercado para garantir a geração de renda, uma vez que a crise econômica ocasionada pela pandemia fez com que as vagas de trabalho formal se mantivessem escassas para a maior parte da população”, explicou o economista da Serasa, Luiz Rabi. “Pensando em garantir lucro com um menor investimento inicial, as pessoas têm optado por tornar-se um MEI. Além disso, o acesso às linhas de crédito específicas para esta modalidade de empreendimento é outro fator que favorece a decisão de se formalizar”.

Os MEI representaram 79,9% das empresas abertas no Brasil nos seis primeiros meses deste ano. Na sequência, aparecem as Sociedades Limitadas (12,6%) e Empresas Individuais (3,4%). No total, foram criados 2.070.817 empreendimentos – um aumento de 30,9% frente ao primeiro semestre do ano passado.

Segundo o vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas e Identidade Digital da Serasa Experian, Cleber Genero, apesar de terem sido criadas por necessidade, muitas empresas acabam atendendo ao sonho de ter o próprio negócio. “Por isso, para garantir o funcionamento a longo prazo é importante se preparar, ficar atento às tendências e atuar de forma assertiva para mapear, atrair e fidelizar clientes”.