EC Vitória

Pela primeira vez, o técnico Wagner Lopes teve a semana livre para treinar o Vitória. Desde que chegou, há 15 dias, ele já comandou o time em três jogos, e tem a dura missão de tirar o Leão do Z4 da Série B. Para o treinador, esse tempo foi fundamental, não só para promover ajustes na equipe, mas para a própria recuperação física dos jogadores

“Foi uma semana importante, de recuperação. Claro que nós trabalhamos muito. Procuramos trabalhar a circulação de bola com mais fluidez, ser um pouco mais rápido na troca de corredor. Simulamos construção ofensiva a partir do goleiro. Aproximar mais rápido para jogar. Procuramos trabalhar também a compactação entre os setores para o time não ficar espaçado, procurar manter os 30 metros que a gente pede. E cada dia com um objetivo diferente, buscando do mais simples para o mais complexo, dentro da pedagogia de trabalho da gente fazer com que o jogador entendesse o que está pedindo. Demos um pouco de ênfase na bola parada, com circulação, triangulação no último terço”, disse Wagner.

“Quando a gente tem uma semana aberta depois de uma sequência duríssima que foi, a primeira nossa, a gente procurou recuperar os jogadores, ao mesmo tempo fazer o que a gente precisava. Na semana seguinte, acredito que a gente vai ter mais aquisição, poder trabalhar com uma intensidade maior, poder melhorar alguns aspectos. É uma parceria, uma construção jogo a jogo, dia a dia. A gente vai buscando um melhor entendimento do grupo, melhores opções para poder simular essas situações. Mas passar confiança, passar raça, determinação, que a gente vai precisar muito nesse próximo jogo”, completou.

O próximo desafio do Vitória será contra o Náutico, neste domingo (29), às 16h, no estádio dos Aflitos, em Recife. Entre os 21 relacionados, estão o lateral-direito Raul Prata, que havia sido poupado no jogo passado, contra o Guarani, o zagueiro Thalisson Kelven, recuperado de problema no ombro. Wagner comentou sobre os retornos dos dois jogadores.

“Thalisson está mais confiante com relação ao ombro, ele já sente menos dor, ainda tem ritmo de jogo, tem uma situação que a gente precisa fortalecê-lo ainda nesse contato físico, porque, quando você tira o ombro do lugar, é uma coisa complicada depois. Vem treinando bem também, mas ainda precisa de ritmo, e a gente tem essas duas opções aí. Deixa a gente muito feliz”, disse.

Além da chance de escalar os dois jogadores, o técnico também comentou sobre uma possível mudança tática. Seu antecessor no comando do Vitória, Ramon Menezes, gostava de montar a equipe com três zagueiros nas partidas fora de casa. Wagner diz também ser fã do esquema, mas ponderou que precisaria de mais tempo para colocá-lo em prática.

“Eu, particularmente, gosto muito do 3-4-3. Mesmo jogando, teoricamente, com um homem a mais na defesa e um homem a menos no meio de campo, se você tiver as peças com as características certas, você consegue um time bem ofensivo. Mas você precisa de um pouco mais de tempo pra você testar essas situações, e o campeonato da Série B é um campeonato muito duro. Qualquer erro de avaliação, fazer teste nos jogos, você pode tomar um dois, três, quatro gols. Perde a confiança, o teu jogador sente isso, e para recuperar é muito difícil”, afirmou.

“A gente tem que ter bom senso, tem que contar com todas as possibilidades quando você faz alterações grandes e, gradativamente, ir conscientizando jogador do que se está pedindo. Conquistar a confiança do jogador e, principalmente, ele estar satisfeito e feliz na hora da execução”, seguiu. (Correio da Bahia)