EC Vitória

Durante essa semana, o Vitória divulgou uma relação de jogadores que não vão ser aproveitados na reta final da Série B. A lista completa, com oito atletas, foi confirmada pelo diretor de futebol do clube, Alex Brasil, na ultima terça-feira (5). Nesta sexta (8), o técnico Wagner Lopes falou sobre o tema, e explicou a escolha. Segundo o treinador, a ideia de reduzir o elenco não é recente, mas existe desde que ele assumiu a equipe rubro-negra. Com 57 jogadores em suas mãos, Wagner afirmou que não era possível atenção para todo mundo, o que complicava seu trabalho. Por isso, deu prioridade a quem vinha apresentando melhor resposta ao longo dos treinamentos.

“Na verdade, nós temos um elenco muito grande. E o ideal é ter entre, goleiros e jogadores de linha, 30, 32 atletas, no máximo. O ideal mesmo seria ter 25 jogadores de linha mais goleiros. Estamos trabalhando na lista desde a nossa chegada, não foi uma coisa repentina. Com 57 jogadores, entre sub-23 e profissional, fica impossível dar atenção devida para todos. Até na programação, fica difícil colocar todo mundo para participar de forma igual. Não só na parte técnica, como tática, de conhecer e interagir melhor com o atleta. Eu tinha oito jogadores de beirada, e a gente sabe que o ideal é ter dois de cada lado, dois ou três no máximo”, disse Wagner.

“Dentre as opções que tínhamos, demos prioridade para os jogadores que melhor entenderam o que pedíamos”, completou. Ao todo, oito jogadores estão fora dos planos, e passam a treinar em um “grupo de transição”. Entre eles, Sérgio Mota, que nem chegou a estrear pelo Vitória. Também estão na relação Vico e Guilherme Santos, que se recuperam de lesão. Já está certo que eles se juntarão ao grupo de transição quando forem liberados pelo departamento médico. Ainda aparecem na lista: Ronan, Mateusinho, Gabriel Bispo, Gabriel Inocêncio e Samuel Granada.

“É óbvio que Ronan é bom jogador, Samuel Granada… Se não fosse bom jogador, não estaria aqui. Sérgio Mota também. Mas, com as outras opções que eu tinha, preferi essas, porque me deram respostas mais positivas, sem querer expor ninguém. A gente torce para que Ronan volte a render o melhor possível, Granada, que Sérgio possa se recondicionar o mais rápido possível. São boas pessoas, pessoas sérias em busca de oportunidade. Infelizmente, não consegui dar oportunidade nem para o Sérgio, para o Granada, para o Inocêncio. Mas é baseado no que estava vendo nos treinos”, explicou Wagner.

O treinador reconheceu que a missão era difícil, mas reiterou que era necessária diante do elenco inflado, e que a decisão não foi tomada de supetão. “Maior respeito ao ser humano, mas sou pago para tomar decisões. E dei prioridade para as outras pessoas que estavam entendendo melhor o que eu estava pedindo. Não que os outros não entendiam, mas não estavam conseguindo executar, ou por falta de condicionamento… Enfim, entra na particularidade e não quero expor ninguém. Mas a decisão foi tomada com muitos dias de supervisão, respeitando o ser humano. As minhas decisões são difíceis, eu envolvo muita gente, família. É muito complicado, mas a gente procura ser o mais profissional possível”.

Há seis jogos sem ganhar na Série B e há cinco sem marcar gols, o Vitória terá mais um desafio neste sábado (9). Às 19h, o Leão recebe o Confiança no Barradão, em um duelo direto na briga contra o rebaixamento. O rubro-negro ocupa a 18ª posição, com 26 pontos, enquanto o rival está em 19ª, com 22. (Correio da Bahia)