Foto: Elias Dantas / Ag. Haack / Bahia Notícias

O senador Jaques Wagner (PT) respondeu às críticas do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) à segurança pública na Bahia, alegando que “não vê credencial” no democrata para opinar sobre o assunto, pois, quando assumiu o governo estadual em 2006 – após anos de domínio do grupo carlista – , encontrou um cenário de total negligência com os policiais civis e militares.

“Eu não vejo muita credencial no ex-prefeito para falar de segurança porque, quando assumi o governo em 2006, e eles governavam, é só perguntar aos policiais civis e militares: não tinha arma, não tinha colete à prova de balas, os carros estavam caindo pelas tabelas, tinha X reais em combustível e, muitas vezes ,os caras tinham que empurrar carro. Então, compara a estrutura que tem hoje, inclusive a estrutura de inteligência. O governador Rui Costa acabou de fazer uma licitação de R$ 800 milhões, apostando em tecnologia, reconhecimento facial, porque hoje a gente vai usar tecnologia”, destacou Wagner, durante encontro do PT-BA, no último sábado (16).

Ele reconheceu que a segurança pública no estado não está  “no ponto ideal” e explicou que, como não há a possibilidade de colocar um policial em todos os lugares, uma opção é instalar uma câmera de segurança com reconhecimento facial em cada esquina, com um sistema que avise sobre a presença de pessoas suspeitas, cuja face está no banco de dados.

“Estamos apostando nisso como saída. Se você me perguntar se tá bem, não está bem. Eu não conheço nenhum lugar que você possa dizer que a segurança está bem. O mundo do tráfico toma conta, virou uma empresa do mal, uma multinacional do mal, movimenta bilhões de reais, paga salários acima do que as pessoas conseguem ganhar, acaba que eles têm os atrativos deles”, pontuou o petista.

Ele citou também que outra dificuldade é que os grandes produtores de armas não aceitam colocar chip com GPS nas armas, o que poderia indicar o trajeto dos equipamentos. O que eu digo sempre: cocaína você pode fazer no fundo de quintal, mas um fuzil não, depende de uma empresa. De onde vieram essas armas? Então tinha que ter um controle mundial. Pra mim, a questão toda da segurança é muito maior. Não tem ninguém com uma varinha de condão”, acrescentou. (BNews)