EC Bahia

Desde que negociou Gregore ao Inter Miami, dos Estados Unidos, em fevereiro do ano passado, o Bahia está carente de um volante com forte poder de marcação para fazer a proteção da defesa. Mas se depender de Willian Maranhão, os tricolores podem ficar despreocupados.

Contratado para ser uma das referências do Esquadrão durante o ano, o jogador quer aproveitar a lacuna deixada por Gregore para se tornar o novo “Pitbull” do Bahia. Durante entrevista ao canal oficial do clube, Willian Maranhão não só afirmou que tem como ponto forte a marcação, como garantiu que também pode ajudar na armação das jogadas.

“De fato, a torcida acaba apelidando ali os números cinco de pitbull. A gente fica feliz, né? São apelidos carinhosos. De fato, tenho característica de muita marcação. Também ajudo na construção ali do setor defensivo até o ataque. Tenho bom passe, bom lançamento também. Então estou aqui para ajudar, independente do que o professor precise”, disse ele.

Se conseguir desempenhar no Bahia o bom futebol que mostrou com a camisa do Atlético-GO, clube que defendeu nos dois últimos anos, o volante vai ter meio caminho andado para garantir uma vaga entre os titulares do Esquadrão.

O técnico Guto Ferreira já deixou claro que este ano pretende montar um time com pegada no meio-campo. Guto criticou a falta de opções com características de maior poder de marcação na montagem do elenco no ano passado. O Esquadrão chegou a apostar em Jonas para fazer o papel de ‘cão de guarda’ do sistema defensivo, mas não deu certo. Além de não render o esperado em campo, o volante conviveu com muitas lesões.

“Eu gosto de chegar (na área), mas depende muito do que o professor pede, o que o professor pedir eu tento desempenhar. Mas ao longo dos anos eu venho jogando e me destacando de primeiro volante”, completou Maranhão.

Por sinal, nos últimos anos o Bahia se acostumou a contar com referências técnicas na faixa defensiva do meio-campo. Se entre 2018 e o início de 2021 Gregore reinou absoluto com a camisa tricolor, entre 2016 e 2017 o posto foi ocupado por Renê Júnior.

No ano passado, o volante Patrick foi quem teve a missão de ser o primeiro homem do meio-campo. Apesar de ter conseguido um bom desempenho, ele possui características diferentes dos outros atletas e se destaca mais pela qualidade no passe do que pelo poder de marcação. Agora, é a vez de Willian tentar seguir os mesmos passos.

“É um desafio importante na minha carreira, eu trato como único, jogar no Bahia não é para qualquer um. A parte física no meio-campo é bem forte nas minhas características de marcação, mas também na parte de jogo, de construção. Eu venho ao longo dos anos trabalhando nessa parte e tenho ajudado as equipes por onde passei”, finalizou o jogador. Correio da Bahia