Foto: Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Pesquisa Datafolha publicada nesta semana aponta que a maioria dos brasileiros considera que a licença-paternidade deveria ser maior. Atualmente, o direito dado aos trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos de se ausentar do trabalho para ficar com o filho recém-nascido é de cinco dias corridos. A licença também se estende para casos de adoção.

Em relação à afirmação “A licença-paternidade deveria ser maior do que é hoje”:

  • 76% concorda totalmente ou em parte
  • 22% discorda totalmente ou em parte

Os homens foram os que mais concordaram com a ampliação do direto para os pais: 77%. Os que discordam são 21%. Entre as mulheres, 75% apoiam o aumento da licença-paternidade, enquanto 23% são contra. Em dezembro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou um prazo de 18 meses para que o Poder Legislativo faça uma lei para regulamentar a licença-paternidade no Brasil. Isso porque, até hoje, a licença-paternidade é um direito exercido com base em regra transitória da Constituição.

Licença-maternidade

A maioria dos entrevistados (83%) também considera que a licença-maternidade deveria aumentar de 120 para 180 dias. Outros 15% discordam.

Em relação à afirmação “A licença-maternidade que hoje é de 120 dias deveria ser ampliada para 180 dias”:

  • 83% concorda totalmente ou em parte
  • 15% discorda totalmente ou em parte

A pesquisa também mostra que os empresários são os que menos concordam com a ampliação da licença-paternidade: 67%. A porcentagem entre eles também é menor quando questionados sobre a licença-maternidade: só 65% concordam com a ampliação.

Os mais jovens, independentemente do gênero, são os que concordam mais com o aumento do tempo de licença, tanto para pais e quanto para mães. Entre os com idade 16 a 24 anos, 83% concordam que a licença-paternidade deve ser ampliada. O valor dos que concordam cai para 67% entre as pessoas com 60 anos ou mais.

Em relação à licença maternidade, 91% dos jovens de 16 a 24 anos consideram que deveria ser ampliada, contra 72% entre os idosos com 60 anos ou mais. O levantamento foi realizado nos dias 19 e 20 de março, com 2.002 pessoas de 147 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. G1