Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse neste último domingo (09), que o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator do projeto de reforma da Previdência Social, deve apresentar seu relatório na comissão especial da Câmara dos Deputados “provavelmente” nesta próxima terça-feira (11).

“O deputado Samuel Moreira vem construindo um relatório equilibrado, pelas informações que temos recebido. A grande preocupação é que exista uma boa potência fiscal”, afirmou o ministro. Ele esteve reunido pela manhã com o presidente Jair Bolsonaro na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência.

“Nós sabemos desde o início que a Câmara tem uma série de questões, assim como o Senado, que está acompanhando através de uma comissão criada pelo presidente Davi Alcolumbre, e seguramente vamos ter no relatório potência fiscal com o atendimento das demandas do Parlamento, o que é normal, para que a gente possa, se Deus quiser, ainda no mês de junho, aprovar na Câmara dos Deputados a nova Previdência”, disse a jornalistas.

Pacto dos poderes
O ministro-chefe disse ainda que o presidente “revisou mais uma vez o texto” do “Pacto entre Poderes” e fez “algumas sugestões”. A assinatura do texto, explicou, depende agora de uma nova conversa com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli.

“Ao longo do dia de hoje eu converso com o presidente Rodrigo Maia, com o presidente Davi Alcolumbre e amanhã devo voltar a conversar com o ministro Toffoli para a gente ver se nesta semana ou na próxima a gente consegue fazer a assinatura do pacto”, disse a jornalistas.

Sem acordo sobre o conteúdo da proposta, o Palácio do Planalto decidiu adiar a cerimônia, que estava prevista para esta segunda-feira (10). Na avaliação de Maia, o documento em defesa das reformas acabou rotulado como “pauta do governo”.

O texto também sofre resistências de líderes de partidos. Além disso, a participação de Toffoli tem sido alvo de críticas porque, na avaliação de alguns magistrados, fere a independência do Judiciário.

Na lista constam a reforma da Previdência – com um sistema “sustentável, eficiente e fraterno” –; a “modernização” tributária, a desburocratização das rotinas administrativas, a repactuação federativa e o combate ao crime – “nas ruas e nos gabinetes” –, à corrupção e aos privilégios. Informações da Metrópoles