Os esquemas de corrupção no estado do Rio, apurados pela Lava-Jato, já provocaram um prejuízo de pelo menos R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos desde 2016. Foram descobertos crimes como pagamento de propina, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e fraude em licitações. O MPF, que atua com outros órgãos, na maioria das operações no Rio, chama de “assustador” o montante retirado dos cofres públicos fluminenses.

 

Além disso, afirma que as investigações têm demonstrado que não só no estado, mas no Brasil, a corrupção é um problema endêmico. Na quinta, o governador Luiz Fernando Pezão foi preso na Operação Boca de Lobo, mais um desdobramento da operação Lava-Jato no Rio, acusado pelo MPF de ter recebido R$ 40 milhões em propinas, em valores atualizados.

 

No entanto, ainda não foram apresentadas provas materiais que o liguem ao dinheiro. Pezão é o quarto governador do Rio preso nas últimas duas décadas, o primeiro durante o exercício do mandato. Em depoimento à Polícia Federal, Pezão negou ter recebido propina de empreiteiros ou mesada de Cabral. Segundo o defensor de Pezão, o governador afirmou que a única coisa que recebeu de Cabral foi um sistema de som, no ano de 2008.