EC Vitória

Pela quarta vez seguida, Léo Condé esteve diante dos microfones para explicar um tropeço do Vitória. Ainda sem vencer sob o comando do rubro-negro, o técnico avaliou o momento delicado que o time atravessa e que foi agravado com a derrota por 3×2 para o Náutico, na noite desta quinta-feira (23), no Barradão, pela 5ª rodada da Copa do Nordeste.

“Momento difícil, a gente entende perfeitamente a insatisfação do torcedor. É pertinente. Mas cabe a mim, tenho histórico, uma carreira, onde, na maioria das vezes, consegui alcançar bons resultados, às vezes alguns não encaixaram, mas tenho convicção que podemos desenvolver um bom trabalho no Vitória. Momento crítico, ruim, mas vejo dentro do próprio elenco, boas peças, que foi todo reformulado, isso atrapalha nesse início de temporada. Acho que se a gente continuar trabalhando, busquei fazer ajustes nesse dias de treino, estava incomodando, queria que a equipe tivesse mais argumento ofensivo, focamos muito. A gente atingiu, mas está muito longe daquilo que penso de futebol. Acho que a gente consegue extrair e melhorar quando tiver esse tempo”, projetou.

Léo Condé já escolheu o que trabalhar de imediato com o grupo. Os três gols sofridos pelo Vitória diante do Náutico foram consequência de bola parada. “A bola parada a gente vai ter que dar um atenção especial, foi decisivo para a gente sair derrotado”, pontuou o comandante, que avaliou a apresentação do time nos dois tempos do jogo. O Vitória seguiu para o vestiário no intervalo vencendo o jogo por 2×1 e sofreu a virada na etapa final.

“A gente fez um bom primeiro tempo com o que trabalhou ao longo da semana, alternância de corredor, volantes dando sustentação para liberar os laterais. A gente conseguiu executar bem isso, fizemos dois gols. Se a gente usasse mais espaço poderia ter feito até mais. Infelizmente, sofremos o gol de escanteio, algo recorrente que treinamos e ajustamos. Voltamos a sofrer o gol de bola parada, desestabilizou e criou um desequilíbrio emocional. Mas fomos tentar o empate, criamos situações, goleiro fez uns dois milagres ali. Agora é continuar trabalhando, melhorando esse aspecto ofensivo e corrigir na bola parada. Algo assustador a quantidade de gols sofrida pela equipe. Mudar peças”, sinalizou.

Léo Condé também justificou as substituições que fez no intervalo do jogo contra o Náutico, quando sacou Rodrigo Andrade e Zeca, para as entradas de Pedro Bicalho e Railan. “Rodrigo Andrade sentiu a panturrilha. É torcer para que não seja nada grave, entrou o Bicalho, da posição. E o Zeca sofreu um [cartão] amarelo, e a gente sabia que eles estavam explorando aquele lado. Railan vinha fazendo bons jogos, se gabaritou para isso, e a gente se preocupou porque ele poderia sofrer uma expulsão”, explicou.

O resultado derrubou o Vitória para a sétima posição do Grupo A da Copa do Nordeste, com apenas dois pontos, cinco a menos do que o Sampaio Corrêa, primeiro time dentro do G4. Agora, o rubro-negro volta as atenções para o Campeonato Baiano. Joga no domingo (26), às 16h, quando enfrenta o Barcelona de Ilhéus, no Barradão, pela última rodada da fase classificatória.  “Primeiro momento é recuperar a parte física e, com o pouco tempo de treino, trabalhar principalmente a bola parada defensiva”, avisou Léo Condé. Correio da Bahia