Foto: Alexandre Santos - Metropress

O presidente do DEM, ACM Neto, afirmou na última semana que a CPI da Covid fez um trabalho “parcialmente técnico e parcialmente político”, cujas investigações terão que ser aprofundadas pelo Ministério Público Federal. Aprovado por por sete votos a quatro na última terça (26), o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) sugere 80 indiciamentos, dentre os quais o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por ações e omissões no enfrentamento da pandemia mais letal da história, que soma mais de 600 mil mortes no Brasil.

“As linhas de investigação [da CPI] terão quer ser desdobradas com muita seriedade, mas também teve muita política. Cabe agora ao Ministério Público aprofundar o que foi factoide, o que foi política do que é sério e do que precisa efetivamente ser investigado e ter desdobramentos com consequência”, disse o ex-prefeito durante uma coletiva de imprensa. Questionado sobre os crimes atribuídos a Bolsonaro no documento final de 1.289 páginas, ACM Neto evitou responsabilizar o chefe do Executivo federal.

“Não avaliei a CPI. Minha opinião é a mesma opinião que vocês aqui podem ter, talvez até melhor, porque vocês avaliaram. O Ministério Público é que tem que dar o posicionamento dele”, disse. “A CPI é política e tal, é uma investigação parlamentar. Mas, se aquele trabalho todo não tiver uma consequência prática no Judiciário, não valeu em nada”, acrescentou. Metro1