Agência Brasil

O comitê formado por governo e Congresso, criado na semana passada para discutir ações contra a pandemia de Covid-19, teve sua primeira reunião nesta quarta-feira (31). Após o encontro, o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento no qual voltou a criticar medidas de distanciamento social. Nesse ponto, o discurso de Bolsonaro divergiu de outros participantes da reunião que também fizeram pronunciamento: o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM). Primeiro falaram com a imprensa Pacheco e Queiroga.

Na fala dos dois, em algum momento, surgiu a defesa das medidas de distanciamento social para conter a pandemia. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também participou da reunião. Pacheco citou o feriado de Páscoa, neste fim de semana, e disse que as pessoas não devem se envolver em aglomerações. Ele também pediu uma comunicação uniforme da Presidência da República para alertar a população sobre o uso de máscaras e o distanciamento.

“É muito importante a comunicação, que haja um alinhamento da comunicação social do governo, da assessoria de imprensa da Presidência da República, no sentido de haver uma uniformização do discurso, de que é necessário se vacinar, usar máscara, higienizar as mãos, necessário o distanciamento social de modo a prevenirmos o aumento da doença no nosso país”, afirmou o presidente do Senado. Segundo o presidente do Senado, foi Queiroga quem sugeriu que os avisos de prevenção sejam reforçados durante o feriado da Semana Santa.

“Uma sugestão muito rica do senhor ministro da Saúde, de aproveitar o ensejo da Semana Santa, que é um feriado que tende a estimular a aglomeração, que possa o povo brasileiro ter a consciência de que precisa fazer o distanciamento social mesmo no feriado”, completou Pacheco Queiroga falou em seguida: “Agradecer a citação do Pacheco em relação ao feriado. No feriado não pode haver aglomerações desnecessárias. É importante usar máscara, manter o isolamento. É importante fazer isso. Medidas extremas não são desejadas. Então vamos fazer isso”, disse o ministro da Saúde. G1