O jogo da Arena da Baixada teve os condimentos clássicos de uma eliminatória de Libertadores. Os nervos exigidos até o limite, arquibancada em chamas e a partida decidida em um detalhe, pois foram raras as chances claras criadas tanto pelos anfitriões quanto pelos visitantes. No resumo da milonga, é possível dizer que o Athletico-PR conseguiu anular a força do Palmeiras e, mesmo com uma vitória mínima, coloca em xeque o favoritismo do atual campeão.

Diante de quarenta mil almas que oscilavam entre a angústia pelas circunstâncias e o deleite de retornar a uma semifinal de Libertadores após 17 anos, a equipe de Felipão não apenas soube constranger Palmeiras e suas transições supersônicas com Rony e Dudu como também atreveu-se a incomodar a linha defensiva palmeirense — Gustavo Gomez, por exemplo, esteve irreconhecível em alguns momentos. Não poderia ser diferente, pois o fator local é a maior injeção de ânimo possível — ataca-se nem que seja instinto de sobrevivência, e o gol de Alex Santana nasceu justamente de uma nervosa ocupação da área palestrina. Ge