Valter Campanato/Agência Brasil

Baiano, o secretário de Assuntos Jurídicos (SAJ) Wellington César Lima e Silva tem trabalhado para se cacifar junto ao presidente Lula (PT) como opção para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Wellington ocupa um cargo estratégico e que lhe confere proximidade e diálogo constante com o presidente. O SAJ tem, entre suas principais responsabilidades, a atribuição de fornecer assessoria e consultoria jurídica ao presidente na formulação dos atos e decisões proferidas por ele.

Já sentaram nesta mesma cadeira de Wellington César dois ministros que hoje estão no STF: o decano Gilmar Medes, que foi SAJ no governo de Fernando Henrique Cardoso, e José Dias Toffoli, que já ocupou o posto no governo Lula. Integrantes do Congresso e do governo relataram à coluna que Wellington César atua nos bastidores em busca da vaga e que está conseguindo certo sucesso, pois Lula já sinalizou, em algumas conversas, que passou a analisá-lo como opção. Ele tenta se viabilizar como um “fator surpresa”, como ocorreu com o ministro Kassio Nunes Marques no governo
Bolsonaro.

Até agora, os nomes apontados como os mais fortes para suceder Rosa Weber na corte são o ministro da Justiça, Flávio Dino, o advogado-geral-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.

Wellington César chegou a ocupar o cargo de ministro da Justiça por pouco mais de dez dias no governo Dilma Roussef, mas decidiu retornar ao Ministério Público da Bahia após o STF considerar inconstitucional que um integrante do órgão exercesse um cargo no Executivo sem se desligar da carreira.

Wellington César conta com a simpatia de nomes do Estado como o ministro da Casa Civil, Rui Costa, a quem está subordinado como SAJ. Ele foi chefe do Ministério Público do Estado da Bahia entre 2010 e 2014. Política Livre