O churrasco promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite de sexta-feira (27), que reuniu poucos ministros, líderes no Congresso, amigos próximos e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), teve descontração e poucas conversas de trabalho. Para parte dos convidados, ouvidos pelo blog, o encontro foi visto como uma volta do presidente à articulação do governo.

Segundo relatos, Lula circulou para conversar com todos os presentes e afirmou mais de uma vez que irá voltar a fazer encontros informais no Alvorada. Chegou a lembrar das partidas de futebol que promovia na Granja do Torto no seu primeiro mandato.

Ficou claro, segundo presentes ao churrasco, que o presidente quer integrar mais a equipe e estar mais presente no dia a dia de Brasília. Nos primeiros cinco meses de governo, Lula dedicou grande parte do seu tempo a viagens internacionais e outras agendas dentro do Brasil.

Nesta semana, em que o governo amargou o revés no Congresso na Medida Provisória que reestrutura o governo, Lula ouviu de parlamentares que ele precisa estar mais presente no dia a dia da política com aliados.

O convite foi feito em cima da hora pela assessoria do presidente e pela primeira-dama, por isso muitos dos ministros estavam fora de Brasília.

Cerca de 20 pessoas participaram do churrasco, que teve a carne levada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, uma palinha musical de Margareth Menezes (Cultura) e muitas piadas contadas pelo ministro da Justiça, Flávio Dino.

Pouco se falou de trabalho na mesa comprida montada na área de lazer do Palácio da Alvorada. De fora do governo, estavam os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do recém-aposentado Ricardo Lewandowski, muito próximo a Lula.

Além do núcleo palaciano de ministros — Rui Costa, Alexandre Padilha e Paulo Pimenta —, estavam Alexandre Silveira (Minas e Energia), Luiz Marinho (Trabalho), Dino e Aniele Franco (Igualdade Racial). Os três líderes do governo na Câmara e Senado também participaram. G1