Pouco mais de 3 meses após a garota Maria Elaine, de 10 anos, ser encontrada morta no bairro de Alto de Coutos, em Salvador, o caso segue sem solução. A menina desapareceu depois de sair de casa para comprar pipoca. Até esta quinta-feira (2), ninguém havia sido preso pelo crime. Maria Elaine sumiu no dia 14 de janeiro deste ano e foi encontrada morta no dia 17 do mesmo mês.

O corpo da criança foi encontrado em um terreno vizinho à casa dela. No dia do desaparecimento, a vítima estava sozinha em casa. O pai dela, João dos Santos, estava no trabalho e a madrasta havia saído para levar a irmã de Maria Elaine ao médico. Hoje, na casa onde ela morava com a família, as bonecas preferidas dela seguem na cama em que ela dormia. O pai de Maria Elaine disse que a família ficou desestruturada depois da morte da menina.

“A minha mente não sai dessa criança e eu não vou me sossegar enquanto não ver esse cara, esse canalha, esse marginal que fez isso com minha filha pagar pelo que ele fez, porque ele vai pagar. É uma dor muito grande. O que eu estou passando, minha esposa está passando, porque eu posso dizer que ela é mãe. Porque ela vivia muito bem dentro de casa com meus filhos. Hoje a gente chega em casa e não encontra a menina, é um horror muito grande. Eu já não sei mais o que fazer”, disse João emocionado.

O irmão mais velho de Elaine, que tem 13 anos, não suportou a falta dela e foi morar com outros parentes. “Ele não permaneceu aqui. Disse que não tinha mais condições de ficar aqui, então eu mandei ele para o interior, para ele conseguir tirar isso da cabeça dele. Está sendo muito difícil para mim e minha esposa, minha família”, explicou João.

De acordo com a família da vítima, o laudo pericial emitido pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), que vai apontar a causa da morte da menina, ainda não ficou pronto. Os laudos também podem indicar se Maria Elaine foi vítima de abuso sexual antes de ser assassinada. Nenhum suspeito foi identificado pela polícia.

“Eles [polícia] me informam que o laudo tem que ser detalhado, que o laudo não é um laudo qualquer, que é um lado para saber se ela foi estuprada, e que por isso ainda não chegou. Mas é muito tempo. E enquanto o laudo não chegar, não pode fazer nada. Só pode fazer alguma coisa com o laudo na mão, o que eles me falam é isso. Eu pago meus impostos, eu trabalho. Eu peço ao poder público que tome uma iniciativa desse caso”. Informações do G1