O pedido de recuperação judicial do Grupo Petrópolis, feito no último dia 27, foi aceito nesta última quinta-feira (13) pela 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A empresa, que produz as cervejas Itaipava, Black Princess e Cacildis, tem uma de suas sete fábricas em Alagoinhas, no interior da Bahia. Nela, emprega diretamente 680 pessoas. A companhia tem dívidas estimadas em R$ 4,2 bilhões. R$ 2 bilhões seriam derivadas de operações financeiras e de mercados de capitais e R$ 2,2 bilhões com grandes fornecedores, incluindo operações de risco.

O processo do grupo será administrado judicialmente pela Preserva-Ação Administração Judicial e pelo o escritório de advocacia Zveiter, ambos do Rio de Janeiro, que também atuam no caso da Americanas – que também pediu recuperação judicial em janeiro deste ano. Os escritórios já haviam sido nomeados pela juíza substituta Elisabete Franco Longobardi, em março, à época em que o grupo pediu a antecipação dos efeitos da recuperação judicial.

Quando encaminhou seu pedido à 5ºVara do Rio de Janeiro, em Março, o Grupo Petrópolis afirmou à imprensa que nos últimos anos, a companhia havia sido impactada pela alta dos juros e aumento generalizado dos custos, o que teria levou a necessidade de reforçar sua estrutura de capital, com agravamento da sua situação financeira nos últimos 18 meses.

A situação deixou trabalhadores apreensivos. Na Bahia, empregados pela fábrica pediram um contato mais direto com o executivo da empresa, diante do receio de descapitalização e falência da empresa. O grupo, no entanto, garantiu que seguirá honrando com seus compromissos. “Independente do momento, a empresa não pretende vender suas fábricas ou marcas e seguirá honrando compromissos com os funcionários, com parceiros e com o mercado”, declarou ao Metro1.