Dentro do ninho democrata o discurso é o mesmo: ninguém admite oficialmente, ou nos corredores, que sabia do pedido de desfiliação do secretário municipal de saúde, Leo Prates, do partido. O deputado estadual licenciado alegou retaliação em pedido judicial para deixar o DEM sem perder o mandato no Legislativo.

Na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), os deputados aliados a ACM Neto (DEM) comentam que o movimento pegou todos de surpresa, mas com certeza contou com a anuência do prefeito de Salvador. “ACM Neto costuma me dizer que uma conversa com mais de duas pessoas é um comício. Ele e Leo certamente concordaram com o pedido, mas isso ficou entre eles”, disse em particular um deputado estadual do DEM ao Bahia Notícias.

Nem mesmo o deputado Sandro Régis (DEM), a quem Leo credita uma das provas da retaliação que teria sofrido nos dois últimos anos, foi comunicado que apareceria no pedido judicial. Procurado, o parlamentar não quis comentar o assunto.

Antes deste pedido, os bastidores políticos já consideravam a real possibilidade de Prates migrar para o PDT. Isto, inclusive, dependeria do aval do prefeito de Salvador, ACM Neto, presidente nacional do DEM. Prates já teve encontros com membros da alta cúpula do PDT, como o presidente Carlos Lupi e o vice Ciro Gomes. (BN)