Foto: Cássio Santana/bahia.ba

Em meio à possibilidade de paralisação dos rodoviários da extinta CSN nesta sexta-feira (16), o prefeito Bruno Reis criticou o movimento, e sinalizou que os 800 ex-funcionários remanescentes da concessionária agem com ‘ingratidão’ para com a prefeitura. Segundo o gestor, um dos últimos obstáculos para resolver o imbróglio entre os rodoviários e a extinta empresa, a venda de um terreno para indenização à categoria, foi concluída a partir da mediação do Executivo municipal. A pendência agora, de acordo com Bruno Reis, é o banco Bradesco validar o contrato de compra e venda.

O terreno, localizado no bairro de Pirajá, foi cedido pela própria CSN como forma de indenizar os trabalhadores e arrematado pela empresa MRV. “Depende hoje do Bradesco dar o ‘ok’ para o contrato ser assinado. Sendo assinado, imediatamente é pago pela MRV; uma parte fica pro banco, e o restante dos recursos vai pra Justiça do Trabalho para indenizar os trabalhadores. Na última conversa que eu tive com a MRV, ela pediu um prazo até o dia 15, que é hoje. E ontem ela [a MRV] confirmou a compra”, disse o prefeito.

Para Bruno Reis, os rodoviários deveriam agradecer à prefeitura pela mediação, em vez de fazer manifestações que “podem penalizar as pessoas, porque a população não tem nada a ver por conta de uma relação privada entre empresários e trabalhadores”.

O prefeito sugeriu que, amanhã [sexta, 16], data da possível paralisação, os trabalhadores fossem, em caminhada e “rezando”, à Igreja do Bonfim agradecer os ‘esforços e mediação’ do governo municipal no litígio.

“Então, os rodoviários, ao invés de paralisarem, deviam ir caminhando até a Igreja do Bonfim, rezando, para agradecer, com toda humildade, ao prefeito. Sabe por quê? Porque esse terreno tinha um débito de R$ 18 milhões junto ao Bradesco. O prefeito aqui, pela autoridade que tem, convenceu o Bradesco a reduzir o débito à metade. A MRV só queria pagar [pelo terreno] R$ 12 milhões. O prefeito, também com toda autoridade que tem, convenceu a MRV a pagar R$ 20 milhões para sobrar dinheiro para indenizar os trabalhadores”, afirmou Bruno Reis.

“Não fosse essa intervenção do prefeito, [os rodoviários da extinta CNS] iam continuar na rua fazendo manifestação, paralisação, penalizando as pessoas, e não teria solução. Então, ao invés de paralisar amanhã, aproveita que é sexta-feira e vão caminhando até a Igreja do Bonfim para agradecer que os 800 que estão aí, que não foram contratados – porque todos os outros estão trabalhando – , vão receber suas indenizações.” Bahia.ba